Um relatório do SimilarWeb, empresa que acompanha o tráfego mundial de Internet, confirmou que os sites de casas de apostas ou, como são popularmente conhecidos, as bets, conquistaram o segundo lugar entre os mais acessados do Brasil, com 2,7 bilhões em maio de 2025. Os brasileiros representam 99,92% do tráfego do domínio “bet.br”, que ocupa a 14° posição entre os domínios mais visitados no mundo. Os dias de maior movimentação coincidem com partidas de futebol.
Em janeiro deste ano, as bets recebiam 55 milhões de visitas diárias; atualmente, esse número subiu para 68 milhões. O maior pico de acessos foi registrado em 7 de maio, com 76,7 milhões de visitas, datas dos jogos entre PSG x Arsenal; Bahia x Nacional; Flamengo x Central Córdoba; e Palmeiras x Cerro Porteño. Segundo o Comitê Gestor da Internet (CGI), esses dados referem-se às casas de apostas legalizadas.
Confira o ranking das redes mais acessadas em maio
- Google — 4,9 bilhões
- Bets — 2,7 bilhões
- YouTube — 1,3 bilhões
- Globo — 765 milhões
- WhatsApp — 759 milhões
- TikTok — 740 milhões
Atrás somente do Google, o levantamento evidencia que as 193 casas de apostas legalizadas no Brasil superaram plataformas como YouTube, Globo, WhatsApp e TikTok. Em geral, 67,8% dos acessos ocorreram pelo tráfego direto. O YouTube foi a fonte mais influente, sendo responsável por 57,4%, seguido pelo Google, com 14,26%, que considerou as palavras-chaves procuradas pelos apostadores.
O crescimento do setor não se limita aos sites – os aplicativos também estão em alta e crescendo em downloads na Google Play Store. As casas de apostas foram legalizadas em 2018, mas, a partir de janeiro de 2025, o governo exigiu uma licença emitida pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda. Para isso, é necessário pagar R$ 30 milhões e migrar para o domínio “bet.br”.
CPI das Bets
Em meio aos debates sobre o potencial viciante desses jogos para os usuários, está em andamento no Brasil a CPI das Apostas Esportivas (CPI das Bets), que investiga a influência das apostas no orçamento das famílias brasileiras, além de possíveis crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Para entender mais sobre esse setor, a CPI tem ouvido influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca, além de representantes da publicidade, como Sérgio Pompilio, presidente do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar).
Por: Pietra Gomes | Revisão: Thaisi Carvalho
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