IFood diz que operações seguem normais. Veja os principais pontos da paralisação.
Motoboys e entregadores de aplicativos, como o iFood, iniciaram uma greve nacional nesta segunda-feira (31), protestando contra a precarização do trabalho e exigindo aumento nas taxas de entrega. Em São Paulo, a mobilização teve concentração na Praça Charles Miller, no Pacaembu, com marcha até a sede da empresa em Osasco.
O movimento, conhecido como “Breque dos Apps“, lista as seguintes exigências:
- Taxa mínima de R$ 10 por entrega;
- Valor por km rodado de R$ 2,50 (atualmente é R$ 1,50);
- Limitação de raio para entregadores de bicicleta (máximo de 3 km);
- Pagamento integral para pedidos agrupados.
Segundo os organizadores, a remuneração atual é insuficiente diante da alta nos combustíveis e dos riscos enfrentados nas ruas.
Quantos entregadores pararam em São Paulo?
Embora sem número oficial divulgado, estima-se que a capital paulista conte com cerca de 700 mil a 800 mil entregadores ativos. Centenas participaram dos atos e milhares aderiram à paralisação em outras cidades brasileiras.
O que disse o iFood sobre a greve?
Em nota oficial, o iFood informou que não registrou impactos significativos em suas operações até o momento. A empresa destacou ainda:
- Reajuste no valor mínimo da rota, de R$ 5,31 para R$ 6,50;
- Estudo sobre novos reajustes em 2025;
- Canais de diálogo abertos com os entregadores.
A Amobitec, associação que representa empresas como iFood, Uber e 99, afirmou que:
“A renda média dos entregadores cresceu 5% acima da inflação entre 2023 e 2024, atingindo R$ 31,33 por hora trabalhada.” — segundo dados do Cebrap.
O movimento, que se espalha por mais de 50 cidades, pressiona as plataformas digitais a repensarem suas políticas de remuneração e proteção trabalhista.

Márcia Dantas é jornalista, paraense, mãe do Gabriel, esposa do Rafael, e apaixonada pelo movimento e tudo que pulsa forte, pelo colorido. Gosta de abrir espaços para sempre caber mais um. Idealizadora do MDnews, com a missão de informar para transformar.