Os Estados Unidos estudam endurecer as sanções contra o Brasil, com foco em ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e integrantes do Palácio do Planalto. A iniciativa tem como pano de fundo os sucessivos embates envolvendo decisões do Judiciário brasileiro e ações do governo em temas sensíveis, como liberdade de expressão e regulação das redes sociais.
Segundo apuração da CNN Internacional, parlamentares republicanos vêm pressionando a Casa Branca e o Departamento de Estado a tomar medidas mais duras contra o Brasil. O principal alvo seria o ministro Alexandre de Moraes, responsável por decisões que determinaram o bloqueio de perfis em plataformas digitais, remoção de conteúdos e investigações de supostas fake news.
De acordo com fontes ligadas ao Congresso dos EUA, as possíveis sanções incluem:
Suspensão de vistos de entrada no país;
Congelamento de bens e ativos financeiros em solo americano;
Restrições diplomáticas e comerciais;
Expulsão da embaixadora brasileira nos Estados Unidos, Maria Luiza Viotti.
As tensões diplomáticas entre os dois países cresceram nos últimos meses, especialmente após acusações de censura e abuso de poder atribuídas ao STF por membros do Partido Republicano, muitos deles aliados do ex-presidente Donald Trump.
A atuação do Judiciário brasileiro tem sido usada por esses congressistas como exemplo de ameaça à liberdade de expressão. Embora a proposta ainda esteja em análise e não tenha confirmação oficial por parte da Casa Branca, o tema já circula nos bastidores do Departamento de Estado e preocupa diplomatas brasileiros.
O governo do Brasil ainda não se manifestou formalmente sobre o assunto. Internamente, há receio de que o agravamento da crise possa afetar relações bilaterais em áreas como comércio, segurança, tecnologia e meio ambiente.
Por Kátia Gomes | Revisão: Daniela Gentil
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