A Globo estreou na última segunda-feira (31) a nova versão de “Vale Tudo”. A produção original, exibida em 1988, teve 204 capítulos ao longo de quase oito meses. Já a nova edição deve girar em torno de 170 episódios, podendo variar conforme as necessidades da emissora.
Essa redução no número de capítulos reflete uma mudança no formato das novelas brasileiras. No passado, produções como “Chiquititas”, “Redenção” e “Os Imigrantes” – que a Band, inclusive, cogita retomar – ultrapassaram a marca dos 300 episódios, chegando até 400 ou mais. Isso fazia sentido naquela época, quando a TV era uma das principais formas de entretenimento e a longevidade das tramas ajudava a diluir os custos de produção, como cenários, figurinos e objetos de cena.
No entanto, o cenário mudou. O sucesso das séries provou que histórias mais ágeis e compactas são mais atrativas para o público atual. As chamadas “barrigas” – momentos em que a trama se arrasta sem grandes acontecimentos – precisam ser eliminadas, tornando as novelas mais dinâmicas.
O momento pede reflexão. Insistir no modelo tradicional pode resultar em prejuízo. O desafio agora é se adaptar às novas demandas do público e às mudanças do mercado.
E, no caso de “Vale Tudo”, fica claro que, para a Globo, essa novela continua sendo um verdadeiro “vale-tudo”.

Tiago Oad é jornalista e atua na comunicação desde os 16 anos. Com passagem por diversos portais, foi estagiário no Portal Em Off e trabalhou na Cobertura de Eventos para Mariana Moraes, do Correio Braziliense. Criador do fofocas Itapevi, o maior portal de notícias da Região Oeste de São Paulo. Agora, assume a coluna de Famosos e TV no portal de Márcia Dantas, trazendo os bastidores e novidades do entretenimento com exclusividade.