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Protestos em Luanda deixam quatro mortos e mais de 500 detidos

Manifestações contra o aumento dos combustíveis terminam em violência e vandalismo na capital angolana; denúncias apontam uso excessivo da força policial

Quatro pessoas morreram e centenas ficaram feridas ou foram detidas durante os protestos em Luanda, capital de Angola, contra o recente aumento no preço do combustível. A repressão policial foi marcada por violência, com denúncias de uso de gás lacrimogéneo, balas de borracha e, em alguns casos, até munição real. Mais de 500 manifestantes foram presos, segundo a Polícia Nacional de Angola.

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (29), o porta-voz da corporação, subcomissário Mateus Rodrigues, confirmou que os mortos são civis, mas não forneceu detalhes sobre o número de feridos, que incluiria também agentes de segurança. “Relatamos quatro mortes até ao momento, todas entre cidadãos”, declarou.

As manifestações, que começaram na segunda-feira (28), degeneraram em confrontos e episódios de vandalismo. Ao todo, 45 lojas, 25 veículos particulares, 20 autocarros públicos, dois caixas eletrônicos e três agências bancárias foram destruídas. Mini-autocarros que tentaram manter o funcionamento durante a greve foram apedrejados.

Apesar do cenário caótico, Rodrigues afirmou que a segurança pública em Luanda “é estável” e que “os principais acessos da cidade já foram liberados”. No entanto, ainda havia “alguns focos de desordem” nesta manhã, que estariam sendo “repelidos de forma exemplar” pelas forças de segurança.

Os protestos foram motivados pela decisão do governo angolano de aumentar em mais de 30% o preço do gasóleo, principal combustível usado no transporte coletivo. O litro passou de 300 kwanzas (cerca de 0,29 euros) para 400 kwanzas (cerca de 0,37 euros). Desde o reajuste, manifestações vêm sendo organizadas por movimentos estudantis e civis, especialmente aos sábados, nos dias 12, 19 e 26 de julho.

A repressão policial tem sido alvo de críticas de organizações de direitos humanos. A Human Rights Watch (HRW) denunciou, há duas semanas, o uso excessivo da força pelas autoridades angolanas, incluindo detenções arbitrárias e agressões. “Os angolanos deveriam poder protestar pacificamente contra as políticas do Governo sem serem recebidos com força excessiva nem outras violações dos seus direitos fundamentais”, afirmou em nota Ashwanee Budoo-Scholtz, diretora-adjunta para África da HRW.

As manifestações revelam um crescente descontentamento popular com o custo de vida em Angola e levantam preocupações sobre a liberdade de expressão e o direito à manifestação no país.

Com informações das agências EFE, Lusa e DW.

Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil

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Marcia Dantas

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