A Polícia Civil de São Paulo, em parceria com a Vigilância Sanitária, realizou nesta quarta-feira (1º) novas ações de fiscalização em bares da capital e da Grande São Paulo, dentro da operação contra a venda de bebidas adulteradas. Ao todo, quatro estabelecimentos foram vistoriados — dois na região da Bela Vista, em São Paulo, e dois em Barueri. Os endereços não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
A ofensiva ocorre em meio ao avanço dos casos de intoxicação por metanol, que já deixaram cinco mortos e 22 pessoas sob suspeita de contaminação no estado. Na véspera, um bar nos Jardins foi interditado após uma cliente de 43 anos perder a visão ao consumir vodca. Outros dois estabelecimentos — um na Mooca e outro em São Bernardo do Campo — também foram fechados preventivamente.
Segundo o governo estadual, todos os locais ligados a suspeitas de contaminação serão alvo de interdição cautelar. “Não pode continuar comercializando bebidas se existe a suspeita de fraude. Esse é o caminho para mapear a origem e identificar os responsáveis”, afirmou o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Na segunda-feira (29), equipes já haviam apreendido 117 garrafas sem rótulo e procedência em bares de diferentes regiões da capital. O material foi enviado ao Instituto de Criminalística para perícia. Uma das vítimas confirmadas é o advogado Marcelo Lombardi, de 45 anos, morador de São Bernardo, que morreu após ingerir bebida adulterada em São Paulo.
Autoridades alertam que o consumo de bebidas com metanol pode provocar cegueira, falência de órgãos e morte. A recomendação do Centro de Vigilância Sanitária é que consumidores adquiram apenas produtos de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, e que bares reforcem o controle sobre seus fornecedores.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação
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