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Justiça italiana nega recurso, e Zambelli acusa Lula em carta aberta

A Deputada se diz ser vítima de perseguição política e afirma que governo Lula pressionou autoridades italianas para manter sua prisão; MD News traz a carta na íntegra

A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) teve seu último recurso negado pela Corte Suprema di Cassazione, a instância máxima da Justiça italiana. A decisão foi proferida na quarta-feira (8) e mantém a parlamentar presa na Penitenciária Feminina de Rebibbia, em Roma, enquanto aguarda o desfecho do processo de extradição solicitado pelo governo brasileiro, em junho, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A defesa da deputada, representada pelos advogados Pieremilio Sammarco, Angelo Alessandro Sammarco e Giuseppe Bellomo, havia solicitado que ela aguardasse o julgamento em regime domiciliar, em um apartamento na capital italiana. O pedido foi rejeitado pela Procuradoria de Justiça da Itália, que reafirmou a legalidade da prisão cautelar. Com isso, Zambelli esgotou todas as possibilidades de apelação no país.

Carta aberta ao ministro da Justiça da Itália

Na manhã desta quinta-feira (9), um dia após a decisão da Suprema Corte, Zambelli publicou uma carta aberta dirigida ao ministro da Justiça italiano, Carlo Nordio, na qual acusa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o embaixador do Brasil em Roma de exercerem pressão política sobre o governo italiano para mantê-la presa.

A parlamentar, que possui cidadania italiana, afirma ser vítima de perseguição política e cita diretamente o ministro Alexandre de Moraes, a quem responsabiliza por decisões “injustas e sem provas”.

O MD News traz a carta na íntegra:

Prezado Senhor Ministro da Justiça,

Meu nome é Carla Zambelli Salgado de Oliveira, deputada federal licenciada pelo Estado de São Paulo, a mulher mais votada em 2022 e a terceira mais votada entre 513 homens e mulheres. Sou vítima de uma perseguição política. Sou mãe de um rapaz de 17 anos. Ontem, soube que o senhor se manifestou a favor da manutenção da minha detenção, em razão das pressões do presidente do Brasil, Lula, e do embaixador do Brasil na Itália. Dessa forma, o senhor se posiciona ao lado do homem mais * do Brasil – e talvez do mundo.

Não se trata de uma questão de direita ou esquerda, mas do que é certo ou errado. O senhor está do lado de quem apoia o HAMAS, o tráfico de drogas, o terrorismo, o Irã, regimes narcoditatoriais como o da Venezuela, a ditadura de Cuba e outros regimes na América do Sul e na África. Está de mãos dadas com o presidente que disse NÃO À EXTRADIÇÃO de Cesare Battisti, mesmo ele não sendo cidadão brasileiro.

O senhor acolheu a decisão injusta e sem provas de um juiz brasileiro, Alexandre de Moraes, que foi recentemente sancionado pelo presidente Trump, com a revogação do visto para os Estados Unidos e a aplicação da Lei Magnitsky, pois o governo norte-americano já possui provas suficientes de que ele atua fora da lei, perseguindo politicamente cidadãos inocentes, jornalistas e políticos de direita, enquanto ele *** no Brasil.

O Senado brasileiro está prestes a iniciar o processo de impeachment contra esse juiz da Suprema Corte. O embaixador do Brasil na Itália está o pressionando porque odeia o fato de eu ter sido uma das articuladoras do impeachment de sua tia, Dilma Rousseff. Além de ter assinado o pedido de impeachment, eu fui uma das líderes dos movimentos de rua. Basta procurar no Google “BANDILMA” + “ZAMBELLI” para entender por que me odeiam tanto e estão tentando usar o senhor para concluir um plano de vingança.

O restante está no X (Twitter).

Condenação e contexto jurídico

Em maio, a Primeira Turma do STF condenou Carla Zambelli a 10 anos de prisão em regime inicial fechado por envolvimento em uma organização criminosa digital, acusada de invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e inserir documentos falsos.

Após a condenação, a deputada deixou o Brasil e passou a viver na Itália, onde possui cidadania italiana. Seu nome foi incluído na difusão vermelha da Interpol, e ela foi presa em Roma no dia 29 de julho.

Além da pena de prisão, Zambelli também foi condenada ao pagamento de R$ 2 milhões por danos coletivos e é alvo de um pedido de cassação em andamento na Câmara dos Deputados.

David Gonçalves, correspondente MD News | Revisão: Daniela Gentil

VEJA TAMBÉM: Zambelli, cara a cara novamente com o Judiciário italiano

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Marcia Dantas

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