O futebol mundial se prepara para testemunhar um confronto épico neste domingo (13), às 16h (de Brasília), no MetLife Stadium, em Nova Jersey, Estados Unidos. Chelsea e Paris Saint-Germain decidirão a final da primeira edição do Mundial de Clubes com 32 equipes. Em campo, duas potências do futebol europeu que atravessaram uma jornada desafiadora até o último passo rumo ao título global.
Realizado nos Estados Unidos, um dos países-sede da Copa do Mundo de 2026, o torneio começou em 14 de junho e marcou a estreia do novo formato do Mundial, com a presença de 32 clubes de todos os continentes. O Brasil esteve representado por quatro equipes: Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras. Nenhuma chegou à final, mas protagonizaram duelos intensos ao longo da competição.
Chelsea: superando desafios
O Chelsea não começou como favorito. A equipe inglesa, sob o comando do técnico Enzo Maresca, ficou com a segunda colocação do Grupo D, após sofrer uma derrota para o Flamengo. A derrota, porém, serviu como ponto de virada: dali em diante, os Blues engataram uma sequência de atuações sólidas e vitórias convincentes.
Na fase de grupos, a equipe venceu o Los Angeles FC por 2 a 0 e foi surpreendida pelo Flamengo com um 3 a 1. Na última rodada, aplicou 3 a 0 no Espérance, da Tunísia. Classificado, o time de Londres atropelou o Benfica nas oitavas de final com um impressionante 4 a 1 na prorrogação. Nas quartas, eliminou o Palmeiras em um duelo apertado (2 a 1). Já na semifinal, dominou o Fluminense por 2 a 0, com dois gols de João Pedro, que tem sido uma das principais peças ofensivas da equipe.
Campanha do Chelsea:
Grupo D: Los Angeles FC 0x2 Chelsea; Flamengo 3×1 Chelsea; Chelsea 3×0 Espérance
Oitavas: Benfica 1×4 Chelsea
Quartas: Chelsea 2×1 Palmeiras
Semifinal: Fluminense 0x2 Chelsea
A principal dúvida para a decisão é Moisés Caicedo, que sofreu uma lesão no tornozelo e será reavaliado até momentos antes da partida. Caso não tenha condições de jogo, o brasileiro Andrey Santos deve assumir a função de volante ao lado de Enzo Fernández.
PSG: temporada histórica à espera do desfecho ideal
Do outro lado, o Paris Saint-Germain vive uma temporada dos sonhos. Sob o comando de Luis Enrique, os parisienses conquistaram a tríplice coroa Ligue 1, Copa da França e a tão sonhada Champions League. Agora, buscam coroar o ano com o título mundial.
O PSG chegou à final com uma campanha de altos e baixos. Na fase de grupos, venceu o Atlético de Madrid por 4 a 0, mas foi surpreendido pelo Botafogo em uma derrota por 1 a 0. Recuperou-se diante do Seattle Sounders, vencendo por 2 a 0, e avançou às oitavas de final em segundo lugar. No mata-mata, não tomou conhecimento dos adversários: goleou o Inter Miami por 4 a 0, superou o Bayern de Munique por 2 a 0 nas quartas e deu uma verdadeira aula de futebol ao bater o Real Madrid por 4 a 0 na semifinal.
Campanha do PSG:
Grupo B: PSG 4×0 Atlético de Madrid; Botafogo 1×0 PSG; PSG 2×0 Seattle Sounders
Oitavas: PSG 4×0 Inter Miami
Quartas: PSG 2×0 Bayern de Munique
Semifinal: PSG 4×0 Real Madrid
Mesmo com o bom momento, o time francês não chega sem problemas. Os zagueiros Willian Pacho e Lucas Hernández estão suspensos e não estarão disponíveis para a decisão. A aposta ofensiva está no trio formado por Désiré Doué, Ousmane Dembélé e o georgiano Khvicha Kvaratskhelia, reforço recente que rapidamente se adaptou à dinâmica ofensiva do clube.
Prováveis escalações
Chelsea, com o técnico Enzo Maresca:
Robert Sánchez; Malo Gusto, Trevoh Chalobah, Tosin Adarabioyo, Marc Cucurella; Enzo Fernández, Moisés Caicedo (ou Andrey Santos); Pedro Neto, Cole Palmer, Christopher Nkunku; João Pedro.
PSG com o técnico Luis Enrique:
Gianluigi Donnarumma; Achraf Hakimi, Marquinhos, Lucas Beraldo, Nuno Mendes; Vitinha, João Neves, Fabián Ruiz; Désiré Doué, Ousmane Dembélé, Khvicha Kvaratskhelia.
Arbitragem internacional
A arbitragem será responsabilidade do australiano Alireza Faghani, um dos nomes mais experientes no quadro da FIFA. Seus assistentes serão os compatriotas Anton Shchetinin e Ashley Beecham. O quarto árbitro será o argentino Facundo Tello. O VAR terá comando do alemão Bastian Dankert, com assistência de Tatiana Guzman, da Nicarágua.
O que está em jogo
Além da glória mundial, o título do Mundial de Clubes traz uma premiação histórica. O campeão receberá 40 milhões de dólares, cerca de R$ 200 milhões apenas pelo título. O vice ficará com 30 milhões de dólares; em torno de R$ 165 milhões. Ao longo da competição, com prêmios por participação, vitórias, empates e avanço de fases, o total pode alcançar 125 milhões de dólares, o equivalente a R$ 700 milhões.
O jogo mais aguardado do ano
Chelsea e PSG se enfrentam em contextos diferentes, mas com objetivos idênticos: levantar a taça do torneio mais importante da temporada. A nova era do Mundial de Clubes começa com um duelo de peso, que envolve craques, estratégias refinadas e a promessa de um grande espetáculo de futebol.
Resta saber qual deles fará história em Nova Jersey.
Por Alemax Melo I Revisão: Daniela Gentil
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