O Complexo do Maracanã foi incluído na lista de 62 imóveis públicos que o Governo do Estado do Rio de Janeiro poderá colocar à venda. A medida, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado (Alerj), faz parte da estratégia do Executivo para reduzir a dívida estadual, estimada em cerca de R$ 200 bilhões, e aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), que permite usar bens públicos para abater débitos com a União.
Avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões, o conjunto inclui o Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), o Ginásio do Maracanãzinho, o Parque Aquático Júlio Delamare e o antigo Estádio de Atletismo Célio de Barros.
Segundo o relator do projeto, deputado Alexandre Knoploch (PL), a diretoria do Flamengo tem acompanhado de perto a proposta e reagido de forma positiva à possibilidade de venda. Atualmente, Flamengo e Fluminense detêm a concessão do Maracanã e do Maracanãzinho até 2044.
O Parque Aquático Júlio Delamare passou recentemente por uma reforma de R$ 1,5 milhão nas piscinas e é usado para competições e aulas gratuitas. Já o Célio de Barros está em obras para se transformar em estacionamento, intervenção que é alvo de investigação do Ministério Público Federal, já que o complexo é tombado pelo Iphan.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj na última quarta-feira (22) e ainda precisa ser incluído na pauta do plenário para votação. O texto pode receber emendas, e a venda de cada imóvel só poderá ocorrer com autorização do governador Cláudio Castro (PL).
A proposta também inclui a Aldeia Maracanã, a pedido do deputado Rodrigo Amorim (União Brasil), presidente da CCJ. O governo estadual argumenta que o custo de manutenção do Maracanã é alto: cerca de R$ 1 milhão por partida e que a venda ajudaria a aliviar as contas públicas.
Inaugurado para a Copa do Mundo de 1950, o Maracanã é hoje a quinta atração turística mais visitada por estrangeiros no Brasil, símbolo do futebol mundial e do Rio de Janeiro.
Por: Kátia Gomes | Revisão: Redação
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