Um homem foi preso na última sexta-feira (4), em Santa Inês (MA), suspeito de participar de um esquema de fraude bancária que desviou R$ 106 milhões de contas de clientes de Belém (PA). De acordo com a Polícia Civil do Pará (PCPA), ele utilizou credenciais de dois gerentes de uma agência bancária para realizar transferências fraudulentas.
Ainda segundo a PCPA, o golpe ocorreu no dia 1º de julho deste ano. A prisão foi realizada por agentes da Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), com apoio da polícia local. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais de Belém.
O delegado Ricardo Rosário, diretor da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), informou que o sistema de segurança da instituição financeira identificou as movimentações suspeitas e bloqueou o acesso dos funcionários envolvidos.
Após receber o alerta, a equipe de segurança do banco entrou em contato com outras instituições financeiras para bloquear as transferências e tentar recuperar os valores desviados.
Conforme informações do portal Metrópoles, uma das instituições, localizada em Minas Gerais, confirmou que recebeu um provisionamento de saque no valor de R$ 2,2 milhões em uma agência de Belo Horizonte.
Diante dos fatos, o suspeito vai responder pelos crimes de furto qualificado e participação em organização criminosa. A polícia segue investigando para localizar outros possíveis envolvidos no crime.
O que diz a lei?
O Código Penal prevê que fraudes realizadas por meio eletrônico, com uso de senhas e acessos a sistemas bancários, são classificadas como furto qualificado, cuja pena varia de quatro a oito anos de prisão, além de multa. Quando há indícios de que o crime foi cometido por um grupo organizado, os envolvidos também podem responder por organização criminosa, cuja pena varia de três a oito anos.
Por Sarah Falcão I Revisão Sara Santos
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