Uma meta-análise publicada em 2020 na Otolaryngology–Head and Neck Surgery revelou que 64,76% dos pacientes com COVID-19 apresentaram perda de olfato, se destacando como um dos sintomas mais prevalentes da doença. Além disso, outro estudo de 2023 indicou que o aumento dos níveis de IL-6 em diferentes faixas etárias também está associado ao risco aumentado do sintoma, sugerindo uma correlação entre inflamação e distúrbios olfativos.
Perigo dos distúrbios olfativos
A perda de olfato pode afetar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, impactando o apetite, a segurança alimentar e a percepção de ambientes. Estudos indicam que a recuperação de sentido pode ser lenta e, em alguns casos, incompleta, mesmo após anos da infecção inicial.
Embora não haja tratamentos específicos para a falta de olfato induzida pela COVID-19, algumas abordagens terapêuticas têm mostrado resultados promissores. A terapia de treinamento olfativo, que envolve a exposição repetida a odores específicos, é utilizada para estimular a regeneração das células sensoriais olfativas. Inclusive, o uso de corticosteroides em alguns casos tem sido investigado para reduzir a inflamação nas vias olfativas.
Por Lais Pereira da Silva | Revisão: Pietra Gomes
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