Monte Carlo, Barcelona, Roma, Madri, Paris… algumas das cidades mais bonitas do mundo serão o palco dessa que, para muitos, é a temporada mais charmosa do circuito de tênis. Pela primeira vez desde a aposentadoria de Rafael Nadal, o rei do saibro, os melhores atletas do mundo se enfrentam na terra vermelha, só que este ano sem um grande favorito.
O espanhol dominou a superfície nos últimos 20 anos. Foram 484 partidas, apenas 51 derrotas e 63 títulos: 10 em Monte Carlo, 12 em Barcelona, 10 em Roma, 5 em Madri e inacreditáveis 14 no Grand Slam de Roland Garros, em Paris, o torneio mais importante da gira. E não para por aí: Nadal detém o recorde de 81 vitórias seguidas no saibro, um número quase impossível de ser superado.
Sem Nadal, procura-se um favorito para dominar os torneios. O sucessor natural, o compatriota Carlos Alcaraz pode se destacar. Atual campeão de Roland Garros, o jovem de apenas 21 anos já conta com 4 Grand Slams no currículo e vários títulos no saibro: Rio Open, Buenos Aires, Madri e Barcelona.
A temporada de Alcaraz não é das melhores. Conquistou apenas um título na quadra rápida de Roterdam e no único Grand Slam de 2025, foi eliminado por Novak Djokovic em um jogaço na Austrália.
O sérvio, favorito em qualquer torneio que disputa, também não vive seu melhor momento. Aos 37 anos, o atual vice-campeão do Miami Open, busca seu título de número 100. Para isso conta com a ajuda do treinador e ex-jogador Andy Murray. Djokovic é três vezes campeão em Roland Garros e atual campeão olímpico no saibro, mesmo assim deve enfrentar dificuldades relacionadas à parte física e não deve jogar todos os torneios.
O número 1 do mundo, o italiano Jannik Sinner retorna às quadras apenas no Masters 100 de Roma devido a uma suspensão por doping. O tenista, ganhador de 3 Grand Slams, tem apenas um título na terra, em Umag, Croácia, no ano de 2022. Com mais de três meses longe de partidas oficiais, fica difícil de saber como estará o italiano.
Alexander Zverev, número 2 do mundo e vice-campeão de Roland Garros, é outra incógnita. Depois de uma passagem apagada pelo Rio Open, o alemão tem colecionado eliminações precoces e jogado muito abaixo do que pode.
A falta de um favorito pode abrir caminho para João Fonseca. É difícil, mas o brasileiro já mostrou bom desempenho no saibro com o título do Aberto de Buenos Aires. Está descansando depois de um início de temporada muito intenso e deve retornar ao Masters 100 de Madri já na chave principal. Para se destacar, vai precisar muito da parte física, já que os jogos nessa superfície costumam ser mais desgastante. A pouca experiência também pode pesar.
No feminino, expectativa para polonesa número 2 do mundo Iga Swiatek. Vencedora de 4 Roland Garros, se destaca na superfície, mas também faz uma temporada abaixo, sendo dominada por Aryna Sabalenka. A bielorrussa vive grande momento, e mesmo não sendo especialista no saibro, chega como favorita. A categoria feminina também será interessante para avaliar a número 1 do Brasil, Bia Haddad. A tenista vive uma temporada péssima, sendo frequentemente eliminada nas primeiras rodadas e jogando muito mal. Recentemente, demitiu um dos técnicos. Bia já mostrou que pode ir longe no saibro, em 2023 perdeu em um jogo duríssimo na semifinal para Swiatek, campeã daquele ano.
O saibro europeu vem aí e junto com ele maratonas de jogos em frente à TV, torcida para os brasileiros e muita história sendo construída nos cartões postais mais encantadores do planeta.
Veja a programação dos principais torneios
Masters 1000 de Monte Carlo | 06/04 – 14/04 | Monte Carlo, Mônaco |
ATP de Munique | 14/04 – 21/04 | Munique, Alemanha |
ATP de Barcelona | 14/04 – 21/04 | Barcelona, Espanha |
Masters 1000 de Madri | 22/04 – 05/05 | Madrid, Espanha |
Masters 1000 de Roma | 03/05 – 19/05 | Roma, Itália |
ATP de Genebra | 15/05 – 25/05 | Genebra, Suíça |
ATP de Hamburgo | 15/05 – 25/05 | Hamburgo, Alemanha |
Roland Garros | 18/05 – 09/06 | Paris, França |

formado em jornalismo desde 2007. Possui mais de 20 anos de experiência em televisão com passagens por Band, Record e SBT. atualmente é editor-chefe no jornalismo do SBT