No domingo, (7), dois cabos submarinos do Mar Vermelho foram cortados, afetando o acesso à internet em grande parte da Ásia e do Oriente Médio. No mesmo dia, a Microsoft informou que os serviços da plataforma em nuvem Azure foram afetados. Após redirecionarem o fluxo de dados por outras rotas, voltou ao normal. Porém, a recuperação completa levará um tempo, pois esses cabos não são fáceis de serem reparados.
A NetBlocks também informou em suas redes sociais que uma série de falhas interrompeu a conexão com a internet em países como Índia e Paquistão. Aqui no Brasil a conectividade não foi afetada, mesmo o país dependendo de infraestruturas internacionais para funcionar.
Até hoje não se sabe o motivo para isso ter acontecido, mas geralmente acontecem pela ancoragem errada de navios. Outra especulação é que esses cabos foram alvos dos rebeldes Houthis do Iêmen, para pressionar Israel a acabar com a guerra contra o Hamas, na Faixa de Gaza. Em 2024, eles já haviam sido acusados de planejar ataques nessa mesma região.
Segundo o Comitê Internacional de Proteção de Cabos (IPCP), existem 1,7 milhões de cabos e eles sempre sofrem alguma coisa. Cerca de 150 a 200 dos incidentes são causados por atividades humanas acidentais — pesca e âncoras de navios —, já outros são atribuídos a riscos naturais.
Por Pietra Gomes | Revisão: Daniela Gentil
LEIA TAMBÉM: Reino Unido vive seca histórica e toma medidas para economizar água