O Brasil acendeu o sinal de alerta para a chikungunya em 2025, diante de um aumento significativo no número de casos e de mortes confirmadas, além do impacto crescente para o sistema de saúde. A doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, já provoca preocupação nos níveis federal, estadual e municipal.
Segundo dados oficiais do Ministério da Saúde, até agosto foram registrados cerca de 119 mil casos prováveis de chikungunya, com 110 mortes confirmadas e mais 70 sob investigação. Embora o número seja inferior ao do mesmo período de 2024, o patamar permanece elevado, exigindo atenção contínua.
O número de casos confirmados subiu em torno de 295%. A incidência também aumentou substancialmente, acompanhada de pelo menos um óbito ligado à chikungunya até o momento.
O custo financeiro para o SUS (Sistema Único de Saúde) também chama atenção. Entre 2015 e 2024, o país gastou aproximadamente R$ 1,2 bilhão com internações de dengue e chikungunya. Só para chikungunya, esse gasto foi estimado em mais de R$ 56 milhões.
Diante disso, as autoridades sanitárias reforçam medidas de combate ao vetor: eliminação de criadouros, inspeções regulares, uso de repelentes, cobertura de caixas d’água, além de campanhas de orientação sobre os sintomas como febre súbita, dores articulares intensas, manchas avermelhadas e fadiga. Como também, está em curso o processo para avaliar a incorporação de uma vacina contra chikungunya no SUS, após aprovação do registro pela Anvisa.
A população é chamada a colaborar, pois o controle depende fortemente da atuação coletiva. Em regiões onde o aumento é acentuado, locais públicos e privados precisam manter limpos quintais, retirar objetos que acumulem água e cumprir com os protocolos de limpeza urbana.
Por: Lais Pereira da Silva | Revisão: Daniela Gentil
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