A intoxicação alimentar é um problema sério. Embora a maioria dos casos seja leve, alguns podem levar à hospitalização ou até à morte. No Reino Unido, cerca de 2,4 milhões de pessoas adoecem todos os anos devido a doenças transmitidas por alimentos, mas a Food Standards Agency (FSA) estima que o número real possa chegar a 18 milhões. Bufês e self-service estão entre os ambientes mais propensos a surtos.
A contaminação cruzada é um dos principais riscos. Dezenas de pratos ficam lado a lado, clientes compartilham utensílios e alimentos permanecem expostos por longos períodos. Basta um prato contaminado para espalhar microrganismos para outros. Espirros, mãos sujas e utensílios misturados aumentam o perigo.
Para quem tem alergias, o risco é ainda maior. Uma única colher usada em um prato com nozes e depois em outro sem já pode provocar reações graves. Para reduzir esse risco, especialistas recomendam rótulos claros sobre alérgenos, utensílios separados, pratos com e sem alérgenos mantidos distantes e equipe treinada em segurança alimentar.
Outro desafio é o controle de temperatura. Bactérias nocivas se multiplicam rapidamente entre 8 °C e 63 °C. Alimentos quentes devem ser mantidos acima de 63 °C e frios abaixo de 8 °C. A recomendação é:
- Alimentos quentes não devem ficar expostos por mais de 2 horas;
- Alimentos frios devem ser consumidos em até 4 horas;
- Sobras devem ser descartadas, nunca misturadas a comidas novas.
Repor parcialmente bandejas para evitar desperdício aumenta a chance de contaminação, especialmente em horários de pico. A segurança depende das práticas do estabelecimento e da atenção dos clientes.
Na dúvida, evite pratos suspeitos, sem identificação ou que aparentam estar há muito tempo no balcão.
Dados e orientações foram obtidos da Food Standards Agency (FSA), agência reguladora de segurança alimentar do Reino Unido, e de especialistas em controle de qualidade alimentar.
Cuidar da higiene e escolher bem o que colocar no prato é essencial para evitar que uma refeição vire um risco à saúde.
Por Kátia Gomes | Revisão: Daniela Gentil
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