O fotógrafo australiano Ben Alldridge fez história ao registrar pela primeira vez um exemplar do Dasyurus viverrinus, marsupial encontrado nas florestas da Tasmânia, exibindo biofluorescência em seu habitat natural. As imagens, feitas durante uma noite na mata, renderam a ele o Prêmio de Fotografia Científica Beaker Street de 2025.
O flagrante ocorreu na área selvagem do sudoeste da Área de Patrimônio Mundial da Natureza Selvagem da Tasmânia. Alldridge contou, em seu blog, que estava no local se refugiando após experiências pessoais difíceis quando foi surpreendido pela aproximação dos animais, que chegaram a subir em sua perna. Aproveitando o momento, ele capturou o que podem ser as únicas fotos conhecidas do marsupial “brilhando” na natureza.
O fenômeno ocorreu quando o Dasyurus viverrinus foi exposto a uma luz ultravioleta invisível, revelando tons vibrantes de azul, roxo e rosa. Diferente da bioluminescência, luz produzida por organismos como os vaga-lumes, por meio de reações químicas com luciferina e luciferase, a biofluorescência acontece quando estruturas do corpo do animal absorvem comprimentos de onda de alta energia (como UV, violeta ou azul) e reemitem essa luz em comprimentos de onda de menor energia.
Confira as fotos:
As fotos integram um estudo que investiga os impactos da poluição luminosa sobre espécies nativas da região.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Laís Queiroz
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