O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou, na última semana, que a fase de Avaliação Pré-Operacional (APO) para uma possível perfuração de poço na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial, ocorrerá no dia 24 de agosto.
A APO é composta de vistorias e simulações referentes à efetividade do plano de emergência proposto pela Petrobras, que tem interesse em explorar petróleo na área costeira, tida como tão promissora quanto o pré-sal. O procedimento é o último passo antes de o Ibama, órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), conceder licença para exploração na região.
Por meio de nota publicada na página do Senado, o presidente da Casa diz ter recebido “com grande alegria” a notícia sobre o avanço nas etapas para a pesquisa exploratória de petróleo na Margem Equatorial.
“Foi definida a realização de um exercício de simulação, com duração estimada de três a quatro dias, para testar a capacidade de resposta das equipes. A data para a avaliação pré-operacional provavelmente será no próximo dia 24, a depender da avaliação dos técnicos do Ibama e da Petrobras”, comentou.
“Essa é uma vitória do Amapá e do Brasil. Um marco, resultado do empenho e do trabalho conjunto de vários atores que defendem um futuro energético sustentável para o nosso país”, completou.
A Margem Equatorial vai do Rio Grande do Norte ao Amapá e ganhou notoriedade internacional após descobertas de petróleo nas costas da Guiana, Guiana Francesa e Suriname. No Brasil, a Petrobras já possui autorização do Ibama para perfurar dois poços na costa potiguar, porém aguarda liberação para avançar na Bacia da Foz do Amazonas, especificamente no bloco FZA-M-59, a cerca de 170 km da costa do rio Oiapoque.
A exploração dessa nova fronteira petrolífera é considerada estratégica para garantir a autossuficiência energética do país e evitar a necessidade de importação de petróleo na próxima década. Atualmente, a espera pela licença custa aos cofres da Petrobras cerca de R$ 4 milhões por dia.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
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