A 34 dias do início da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), Belém vive uma intensa movimentação para receber chefes de Estado, especialistas e representantes de quase 200 países. O evento, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, será o maior da história da Amazônia e colocará a capital paraense no centro das atenções globais.
Capital temporária do Brasil
Além dos preparativos estruturais e logísticos, o Senado Federal deve votar nesta terça-feira (7), o projeto de lei que autoriza a transferência temporária da capital federal para Belém durante o período da conferência. A proposta, de caráter simbólico, já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e prevê que os Três Poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário, funcionem na capital paraense entre 10 e 21 de novembro.
Conforme o texto, todos os atos e despachos oficiais deverão ser datados em Belém, reforçando o protagonismo político da cidade durante o evento. O Poder Executivo ficará responsável pela regulamentação logística e administrativa, incluindo transporte, segurança e estrutura de apoio às autoridades.
A medida tem forte apelo simbólico e político. Ao deslocar temporariamente o centro das decisões do país para a Amazônia, o governo busca ressaltar a importância estratégica da região no enfrentamento das mudanças climáticas e aproximar o poder público das discussões ambientais que impactam diretamente o território nacional.
Para o governador do Pará, Helder Barbalho, o momento representa uma virada de protagonismo para o Norte do país: “Belém, em novembro, pode ser a capital de todos os brasileiros. Lembrando que, nesse mesmo período, seremos a capital de todo o planeta, discutindo meio ambiente”, afirmou.
Preparações para COP30
Com expectativa de receber mais de 40 mil participantes, Belém intensifica obras de mobilidade, melhorias urbanas e reforço de infraestrutura para abrigar delegações internacionais, jornalistas e visitantes. A COP30 promete transformar a capital paraense não apenas em palco das negociações climáticas, mas, por alguns dias, no coração político e ambiental do mundo.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Pietra Gomes
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