O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Samir Xaud, anunciou que o futebol nacional irá contar com o recurso do impedimento semiautomático em 2026. A confirmação foi dada em entrevista ao programa Seleção Sportv nesta terça-feira (19). Segundo ele, reuniões com árbitros já foram realizadas para discutir a implantação da tecnologia, que será a mesma utilizada na Copa do Mundo de Clubes de 2025.
“Será um investimento alto que a CBF vai fazer. Ano que vem teremos, sim, o impedimento semiautomático. Queremos dar início a essa ferramenta. Estamos trabalhando”, afirmou Xaud.
Tecnologia e custos
O impedimento semiautomático utiliza recursos gráficos em 3D para recriar os lances e auxiliar os juízes na tomada de decisão. O sistema funciona como apoio tecnológico ao trabalho dos árbitros, reduzindo erros e acelerando as análises.
Atualmente, o VAR tradicional custa em média R$ 20 mil por jogo. Já a nova tecnologia deve exigir cerca de R$ 100 mil por partida, devido ao uso de 12 câmeras especiais e à necessidade de adaptação de estádios de diferentes portes pelo país.
“Será implantado no Brasileiro e na Copa do Brasil, principais competições da CBF. Então, a gente quer dar o início a essa ferramenta importante. Acredito que vai ser muito útil para dar uma lisura a mais para as nossas competições. Nesses últimos meses, a gente viu uma redução dos erros de arbitragem. É um assunto que a gente tem como prioridade, nós estamos vendo a arbitragem com outros olhos. Queremos que seja a melhor arbitragem do mundo”, declarou o dirigente.
Experiência internacional e formação de árbitros
O sistema ganhou notoriedade ao ser usado na Copa do Mundo do Catar, em 2022, e desde então passou a ser aplicado também na Champions League e na Copa do Mundo de Clubes de 2025.
Além da introdução da tecnologia, Samir Xaud destacou o projeto “Arbitragem Sem Fronteiras”, que busca qualificar profissionais em todas as regiões do país. A iniciativa leva a comissão de arbitragem da CBF aos estados para ministrar cursos e palestras.
“Essa é uma discussão de médio a longo prazo, mas já está em andamento. Já fizemos quatro encontros com os árbitros da Série A e B. Fizemos palestras e estamos fazendo um nivelamento para aprimorar a arbitragem em todo o Brasil”, ressaltou o presidente.

Por: Inês Becegato | Revisão: Daniela Gentil
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