Dois ex-professores do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), em Criciúma, foram condenados à prisão por assediar alunas adolescentes. O caso ocorreu em 2020 e envolveu mensagens de teor sexual enviadas por aplicativos de conversa a estudantes de cerca de 16 anos.
Os docentes foram desligados da instituição após processo administrativo interno. Em primeira instância, chegaram a ser absolvidos, mas o Ministério Público Federal (MPF) recorreu, e o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) reformou a decisão na última quinta-feira (25), aplicando o Protocolo sob Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orienta o Judiciário em casos de violência contra mulheres.
Provas e condenação
A sentença foi baseada em capturas de tela das conversas apresentadas pelas vítimas, além de depoimentos de outros professores, funcionários e estudantes que confirmaram os relatos.
Um dos ex-professores recebeu pena de quatro anos de reclusão; o outro, de seis anos. Ambos também perderam definitivamente seus cargos públicos.
Providências do IFSC e investigação
Em nota, o IFSC afirmou ter adotado todas as providências cabíveis assim que foi informado sobre os casos, garantindo o direito de defesa dos envolvidos durante o processo administrativo.
A apuração contou com apoio da Polícia Federal, que realizou oitivas, quebras de sigilo eletrônico e interrogatórios. Segundo o MPF, a perda do cargo público visa impedir que os condenados voltem a ocupar posições de confiança, especialmente em ambientes educacionais.
Por Kátia Gomes | Revisão: Redação
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