A corrida rumo à Copa do Mundo de 2026 ganhou novos contornos na noite desta terça-feira (18), quando Curaçao, Haiti e Panamá garantiram suas vagas e elevaram para 42 o total de seleções já classificadas para o torneio que será disputado em Estados Unidos, México e Canadá. A rodada, decisiva para a CONCACAF, não apenas definiu novos participantes da competição, como também marcou um momento inédito para o futebol caribenho.
Mais cedo, outras cinco seleções europeias Suíça, Áustria, Bélgica, Escócia e Espanha já haviam carimbado seus passaportes, mantendo a tradição de dominância continental nos Mundiais. Com isso, restam apenas seis vagas a serem definidas até março do ano que vem, quando as eliminatórias e os playoffs intercontinentais chegarão ao fim.
História escrita no Caribe e na América Central
Curaçao foi a grande protagonista da noite. Pela primeira vez em sua história, a pequena nação caribenha confirmou presença em uma Copa do Mundo. Em uma campanha marcada pela organização, disciplina tática e consistência defensiva, a equipe conseguiu superar adversários maiores e escrever o maior feito de sua trajetória no futebol. É um marco para um país de pouco mais de 150 mil habitantes que, até há poucos anos, sequer figurava entre os aspirantes ao cenário internacional.
O Haiti, por sua vez, encerrou um jejum que durava desde 1974. Após décadas de turbulência política, dificuldades estruturais e desafios esportivos, a seleção surpreendeu ao liderar seu grupo nas Eliminatórias e garantir retorno ao Mundial. A classificação, além de esportiva, carrega peso emocional e social para os torcedores haitianos espalhados pelo mundo.
O Panamá completou o trio de classificados do continente. Com uma campanha sólida e regular, a seleção reafirma seu crescimento após a participação em 2018. A nova classificação consolida o Panamá como uma das forças emergentes da CONCACAF, especialmente diante do equilíbrio crescente da região.
O novo cenário da Copa do Mundo
A edição de 2026 será histórica em diversos aspectos. Pela primeira vez, três países dividirão a sede de um Mundial Estados Unidos, México e Canadá, todos já com vagas asseguradas como anfitriões. Esta também será a primeira Copa com 48 seleções, ampliando significativamente o número de participantes e criando uma nova dinâmica competitiva.
O torneio está marcado para ocorrer entre 11 de junho e 19 de julho de 2026, com as seleções divididas em 12 grupos de quatro equipes. Avançarão para o mata-mata:
- As duas melhores equipes de cada grupo
- Os oito melhores terceiros colocados
Ao todo, 32 seleções seguirão para a fase eliminatória, em um formato que promete mais jogos de alto nível e maior diversidade cultural e esportiva.
Como ficaram distribuídas as vagas
Com o aumento para 48 equipes, a FIFA redefiniu a divisão de vagas entre as confederações. Assim, cada continente passou a contar com mais representatividade:
- Europa (UEFA): 16 vagas
- América do Sul (CONMEBOL): 6 vagas
- América do Norte, Central e Caribe (CONCACAF): 6 vagas
- Ásia (AFC): 8 vagas
- África (CAF): 9 vagas
- Oceania (OFC): 1 vaga
- Playoffs intercontinentais: 2 vagas
A região africana, por exemplo, é uma das mais beneficiadas, ampliando sua presença e reforçando o crescimento da competitividade no continente.
As 42 seleções já classificadas para o Mundial
Países-sede:
- Canadá
- Estados Unidos
- México
CONCACAF:
- Curaçao
- Haiti
- Panamá
Ásia:
- Japão
- Irã
- Uzbequistão
- Coreia do Sul
- Jordânia
- Austrália
- Catar
- Arábia Saudita
Oceania:
- Nova Zelândia
América do Sul:
- Argentina
- Brasil
- Equador
- Uruguai
- Colômbia
- Paraguai
África:
- Marrocos
- Tunísia
- Egito
- Argélia
- Gana
- Cabo Verde
- África do Sul
- Costa do Marfim
- Senegal
Europa:
- Inglaterra
- França
- Croácia
- Portugal
- Noruega
- Holanda
- Alemanha
- Suíça
- Áustria
- Bélgica
- Espanha
- Escócia
O que falta para a Copa ficar completa
Com 42 seleções confirmadas, faltam apenas seis vagas. Elas virão das últimas definições nas eliminatórias e dos dois playoffs intercontinentais, que tradicionalmente reúnem equipes de confederações diferentes em confrontos de vida ou morte.
A expectativa é que seleções tradicionais ainda lutem por vagas, enquanto outras buscam repetir histórias surpreendentes como a de Curaçao, símbolos de uma Copa que se anuncia mais plural, aberta e competitiva do que nunca.
Ainda que o Mundial comece somente em 2026, a atmosfera de expectativa já toma conta do planeta. A cada rodada de Eliminatórias, novas histórias são escritas e novos capítulos se aproximam de sua conclusão. Para milhões de torcedores, o sonho da Copa está cada vez mais perto de se tornar realidade.
Por Alemax Melo I Revisão: Daniela Gentil
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