Milhares de brasileiros se mobilizaram para agradecer o montanhista indonésio Agam Rinjani, que participou do resgate da brasileira Juliana Marins no Monte Rinjani. Mais de R$ 500 mil foram arrecadados em uma vaquinha – mas a plataforma responsável decidiu cancelar a campanha e bloquear o dinheiro, alegando “inconsistências”.
Ontem, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Agam pediu desculpas à família de Juliana por não ter conseguido resgatá-la com vida, apesar de ter sido o primeiro a encontrar o corpo.
Além da paralisação, a Vakinha tem sido alvo de críticas por sua política de taxas. Dados indicam que a plataforma poderia lucrar cerca de R$ 100 mil com a campanha, valor que intensifica a revolta entre os doadores.
Segundo a instituição que organizou a arrecadação – Razões para Acreditar e Voar – os valores começaram a ser devolvidos nesta segunda-feira, 30 de junho, de forma automática, pelos meios originais de pagamento. Não é necessário que os doadores tomem qualquer ação.
A taxa administrativa de 20%, cobrada pela plataforma, sempre esteve informada, segundo a organização, mas não evita a sensação de que a burocracia e o lucro travam a solidariedade.
David Gonçalves – Correspondente MD News na Itália | Revisão: Daniela Gentil
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