A Meta recebeu uma notificação judicial, na segunda-feira (18), por parte da Advocacia-Geral da União (AGU), após pedido da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) exigindo a remoção imediata de chatbots de inteligência artificial que simulam perfis com linguagem e aparência infantil. O pedido vale para as três redes sociais controlas pela Meta: Instagram, Facebook e WhatsApp.
Segundo o documento, os chatbots permitem diálogos de cunho sexual com os usuários. Esse pedido acontece depois das reportagens das Reuters e do Núcleo Jornalismo mostrarem como a tecnologia da Meta incentiva interações de teor sexual com crianças. Criados por meio do Meta AI Studio, esses robôs são desenvolvidos com as próprias conversas dos usuários.
A empresa também precisa responder sobre quais são as medidas de proteção que seguem para cuidar de crianças e adolescentes nas suas plataformas. Pois, a partir dos 13 anos pode-se criar uma conta, mas a Meta não possui filtros que garantem que menores de 18 anos não tenham acesso a materiais eróticos. Isso vai contra os Padrões da Comunidade, que proíbem a erotização, exploração sexual infantil e conversas com esse caráter em mensagens privadas com menores de idade.
Até o momento da publicação desta matéria, a Meta não se pronunciou.
Por Pietra Gomes | Revisão: Daniela Gentil
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