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COP 30 libera venda de açaí, tucupi e maniçoba em áreas oficiais do evento

Produtos tradicionais da culinária paraense, antes proibidos, poderão ser comercializados durante a Conferência do Clima em Belém

A Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) decidiu retirar, neste sábado (16), a proibição que impedia a venda de três dos principais produtos da culinária paraense nas áreas oficiais da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30. Com a mudança, açaí, tucupi e maniçoba estarão liberados para comercialização dentro dos espaços destinados ao evento, que acontece em novembro, em Belém.

A medida foi registrada em documento assinado pelo secretário da Comissão de Avaliação da OEI, Luiz José da Silva, e representa uma vitória para a valorização da gastronomia regional.

Mudança no edital

Segundo o Ministério do Turismo, a atualização no edital de seleção dos operadores de restaurantes e quiosques garante espaço para a culinária típica do Pará na conferência. Antes da alteração, produtos como o tucupi  caldo extraído da mandioca e base de pratos como o famoso pato no tucupi, a maniçoba  receita de sabor marcante feita com a folha da mandioca cozida por dias e o açaí estavam vetados sob a justificativa de apresentarem risco de contaminação alimentar.

Com a publicação do novo documento, esses itens agora estão oficialmente liberados para venda dentro da chamada Blue Zone, espaço restrito para chefes de Estado e delegações internacionais, e também na Green Zone, área aberta à sociedade civil.

Gastronomia reconhecida mundialmente

A decisão é vista como um passo importante para destacar a identidade cultural e gastronômica da região amazônica no cenário internacional. Belém, sede da COP 30, foi reconhecida pela Unesco como Cidade Criativa da Gastronomia e, em 2024, apareceu na lista da Lonely Planet  a maior editora de guias de viagem do mundo como a única cidade brasileira entre os dez melhores destinos gastronômicos globais.

O Ministério do Turismo ressaltou que seria contraditório excluir alimentos tão representativos da cultura paraense em um evento de escala mundial realizado justamente em Belém.

Força econômica do açaí

O Brasil responde por cerca de 90% da produção mundial de açaí, com o Pará liderando a produção nacional. De acordo com o governo estadual, a média anual no estado ultrapassa 1,7 milhão de toneladas do fruto, movimentando a economia local e garantindo renda a milhares de famílias ribeirinhas.

A liberação do açaí dentro da COP 30 não tem apenas valor simbólico, mas também econômico. Especialistas acreditam que a exposição do fruto em um evento global de grande porte pode fortalecer ainda mais o mercado internacional, onde o produto já é consumido como um “superalimento” pela alta concentração de antioxidantes e nutrientes.

Seleção de restaurantes e quiosques

O edital lançado pela OEI prevê a escolha de 87 estabelecimentos de alimentação que vão operar durante a conferência: 50 na Blue Zone e 37 na Green Zone. As inscrições estão abertas até às 10h do dia 25 de agosto e interessam não apenas a empreendedores locais, mas também a representantes da culinária nacional que queiram marcar presença no evento.

No documento, estão listados os ingredientes e preparos que poderão ser oferecidos ao público, agora incluindo oficialmente o tucupi, a maniçoba e o açaí.

Identidade cultural em destaque

A liberação é comemorada por chefs, empreendedores e pesquisadores da gastronomia amazônica. Para eles, a decisão reforça a importância de valorizar os saberes tradicionais e de mostrar ao mundo a diversidade culinária da região.

“A COP 30 será uma vitrine global, e não fazia sentido realizar esse encontro em Belém sem permitir que os visitantes conhecessem os sabores que fazem parte da nossa identidade cultural”, afirmou um representante da Secretaria de Cultura do Pará.

Expectativa para novembro

A COP 30 deve reunir chefes de Estado, autoridades internacionais, representantes da sociedade civil e milhares de visitantes de diferentes países. Com a liberação dos pratos típicos, o evento também se transforma em uma oportunidade para difundir a gastronomia amazônica em escala mundial.

Além das discussões sobre clima e sustentabilidade, a conferência poderá evidenciar como a preservação da floresta e a valorização dos produtos locais caminham juntas, promovendo tanto a proteção ambiental quanto o desenvolvimento socioeconômico da região.

Por Alemax Melo I Revisão : Daniela Gentil

VEJA TAMBÉM: Brasil negocia repasses da ONU para garantir hospedagem de delegações na COP 30

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Marcia Dantas

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