A Seleção Brasileira Feminina de Vôlei conquistou uma vitória acirrada neste domingo (24) ao superar a França por 3 sets a 2, de virada, no segundo compromisso pelo grupo C do Mundial de Vôlei Feminino 2025, em Chiang Mai, na Tailândia. Em uma partida equilibrada e de altos e baixos, o Brasil confirmou o triunfo após 1h52min, com parciais de 21/25, 20/25, 25/15, 25/17 e 15/13.
Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico José Roberto Guimarães assume a liderança do grupo e pode confirmar a classificação na próxima terça-feira (26), às 9h30 (horário de Brasília), contra Porto Rico, lanterna da chave. Já a França, segunda colocada, enfrenta a Grécia em busca da reação. Apenas duas seleções avançam para a próxima fase.
Como foi o jogo
- Primeiro set
O início de jogo trouxe dificuldades para o Brasil. A França, que vem em crescente evolução desde Paris 2024, mostrou consistência e aproveitou os erros das brasileiras para abrir vantagem. Diferente do jogo de estreia contra a Grécia, quando o Brasil venceu por 3 a 0 sem sustos, as brasileiras encontraram bastante resistência logo de início. Depois de um começo equilibrado, o Brasil chegou a liderar em 8 a 7, aproveitando os ataques potentes de Kisy.
Aos poucos, as francesas reagiram com ataque Amélie Rotar e, em erros do lado brasileiro, viraram o placar para 17 a 15. A partir daí, administraram a vantagem e fecharam em 25 a 21, com Iman Ndiaye como destaque, anotando seis pontos.
- Segundo set
A segunda parcial manteve o tom equilíbrio, mas novamente a França soube aproveitar os vacilos brasileiros. As francesas começaram melhor e abriram 6 a 3, mas o Brasil respondeu com bons bloqueios de Lorena e Kisy, virando para 9 a 8. A partida seguiu acirrada, com alternância no marcador. Júlia Bergmann chegou a colocar o Brasil na frente em 15 a 14, mas a França retomou o controle após erros de saque e de ataque da seleção. Com ritmo forte e confiança crescente, ampliaram a vantagem e venceram por 25 a 20, abrindo 2 a 0 no jogo. Ndiaye e Héléna Cazaute foram protagonistas da parcial.
- Terceiro set
Com dois sets de desvantagem, o Brasil precisou mudar sua postura. A entrada de Rosamaria trouxe novo fôlego ofensivo, e a seleção cresceu em quadra. Apesar de sair atrás no placar (9 a 8), as brasileiras reagiram e viraram para 14 a 10, contando com a melhora da defesa e a eficiência nos bloqueios. A torcida tailandesa, conhecida pelo carinho com as atletas brasileiras, passou a empurrar o time. A França, percebendo a diferença no ritmo, poupou algumas titulares, mas não conseguiu evitar a derrota. O Brasil dominou por completo e venceu por 25 a 15, encurtando a distância no placar geral.
- Quarto set
No quarto set, o time manteve a intensidade. As atacantes Júlia Bergmann e Rosamaria foram bastante acionadas e ajudaram a abrir 4 a 1 logo no início. Com consistência, a seleção ampliou para 11 a 6 e não deu brechas para reação. A parcial terminou em 25 a 17, empatando o duelo em 2 a 2 e forçando o tie-break. Gabi foi um dos nomes do set, anotando 13 pontos, enquanto Júlia Kudiess e Bergmann também apareceram com 12 cada.
- Quinto set
A disputa final foi digna de decisão. Ponto a ponto, Brasil e França brigaram pela vitória e pela liderança do grupo. Mais confiante após a reação, a seleção brasileira mostrou solidez, com Júlia Bergmann novamente decisiva. Um ataque da ponteira pelo meio abriu vantagem de 9 a 6 para o Brasil, mas a França encostou e reduziu para 13 a 12.
No fim, a tranquilidade brasileira prevaleceu. Diana levou o time ao match point, e a definição veio em meio a muita tensão: duas revisões de vídeo seguidas confirmaram que não houve toque no bloqueio francês e nem na rede. Com o placar em 14 a 13, Júlia Bergmann fechou o jogo com um ataque certeiro, selando a virada por 3 a 2 e garantindo o Brasil na ponta do grupo C.
Por: Inês Becegato | Revisão: Daniela Gentil
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