A líder da oposição da Venezuela, María Corina Machado, foi anunciada nesta sexta-feira (10) como a vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025. O Comitê Norueguês do Nobel destacou o “trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela” e a “luta por uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”.
Durante o anúncio em Oslo, o comitê afirmou que Machado “ajudou a manter a chama da democracia acesa em meio a uma escuridão crescente”. O reconhecimento vem em um momento de intensas tensões políticas na Venezuela, marcada por repressão a opositores e denúncias de violações de direitos humanos sob o regime de Nicolás Maduro.
O comitê também indicou que a decisão de premiar uma figura venezuelana reflete a preocupação internacional com o estado da democracia na América Latina. “Optamos por voltar os olhos à Venezuela neste momento, onde a coragem cívica e a resistência pacífica se tornaram símbolos de esperança”, declarou a instituição.
A escolha de Machado ocorre em meio a um cenário global de debates sobre a legitimidade do Nobel da Paz. Neste ano, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a afirmar publicamente que “merecia o prêmio”, mas especialistas apontavam que suas ações na política internacional iam na direção oposta ao espírito da honraria.
O Prêmio Nobel da Paz, avaliado em 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente US$ 1,2 milhão), será entregue em 10 de dezembro, data que marca o aniversário da morte de Alfred Nobel, criador da premiação em seu testamento de 1895.
Com este reconhecimento, María Corina Machado se junta à lista de personalidades que marcaram a história do Nobel da Paz, um prêmio que, neste ano, volta a ressaltar a importância da resistência democrática em tempos de autoritarismo.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil
VEJA TAMBÉM: Vencedor do prêmio Nobel Krugman elogia PIX: “Brasil inventou o futuro do dinheiro?”




