O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta quinta-feira (11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por cinco crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O voto decisivo veio da ministra Cármen Lúcia, que classificou o ex-chefe do Executivo como líder da organização criminosa.
Bolsonaro e outros sete réus foram considerados culpados por:
- organização criminosa armada,
- tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito,
- golpe de Estado,
- dano contra o patrimônio da União (com exceção de Alexandre Ramagem),
- deterioração de patrimônio tombado (também com exceção de Ramagem).
Repercussão internacional
A decisão do STF ganhou destaque imediato na imprensa mundial. O jornal britânico The Guardian ressaltou que Bolsonaro pode enfrentar “décadas de prisão” por tentar se manter no poder “à força” após perder as eleições de 2022.
O espanhol El País classificou o julgamento como um “passo decisivo contra a impunidade” no Brasil, enquanto o argentino La Nación destacou a frase de Cármen Lúcia: “A lei deve ser aplicada igualmente para todos”.
A BBC, também do Reino Unido, lembrou que, mesmo sem apoio militar suficiente, o plano golpista resultou na invasão das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
Na Argentina, o portal Todo Noticias reforçou as palavras da ministra Cármen Lúcia sobre o “acervo enorme” de provas contra Bolsonaro e os demais réus. Já a emissora Al Jazeera, do Catar, abriu um feed com atualizações em tempo real, destacando tanto a condenação quanto as reações políticas e institucionais no Brasil.
O impacto da decisão
Com a maioria consolidada no STF, Bolsonaro se torna o primeiro ex-presidente brasileiro condenado por tentativa de golpe. A expectativa agora é pela definição das penas, que podem ser severas e marcar um precedente histórico na Justiça do país.
Por Aline Feitosa | Revisão: Daniela Gentil
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