Uma sessão extraordinária na Câmara Municipal de Pouso Alegre, no sul de Minas Gerais, terminou com uma reviravolta política e uma economia de R$ 7 milhões aos cofres públicos. Tudo começou quando vereadores da base do prefeito Dimas aprovaram por engano uma emenda que reduz drasticamente o número de cargos comissionados previstos em um projeto de reforma administrativa.
A jogada foi articulada por Israel Novaes, vereador da oposição, que percebeu que a base do governo vinha votando sistematicamente contra todas as propostas apresentadas por ele e seu colega Leandro Morais. A dupla, então, decidiu votar contra a própria emenda, acreditando que os demais parlamentares, por reflexo, votariam a favor.
Deu certo. A proposta aprovada, na prática, reduziu de 33 para 7 os novos cargos previstos na reestruturação do Executivo. O plano original, enviado pela Prefeitura, incluía funções como “superintendência de prevenção de risco para fazer compliance”, cargo que seria usado, segundo Novaes, para “o próprio poder fiscalizar a si mesmo”.
A estimativa é de que o corte nos cargos gere uma economia de aproximadamente R$ 7 milhões nos próximos três anos. O episódio, apesar de inusitado, levanta um debate importante sobre o uso de cargos comissionados e o impacto da máquina pública nas contas municipais.
Agora, a expectativa é sobre os próximos passos: o Executivo vai tentar reverter o resultado? Ou vai aceitar o “gol contra” e sustentar a economia inesperada?
Por David Gonçalves | Revisão: Daniela Gentil
VEJA TAMBÉM: Pré-candidato à presidência da Colômbia sofre atentado em Bogotá