O dia 11 de abril marca o Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, uma condição neurológica crônica que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de ser mais comum a partir dos 60 anos, o Parkinson também pode surgir precocemente, exigindo atenção aos sinais e sintomas desde os primeiros indícios.
O que causa a Doença de Parkinson?
Segundo o médico fisiatra Dr. Marcelo Ares, coordenador médico da AACD, a doença é causada por uma disfunção na produção de dopamina, neurotransmissor essencial para o controle motor.
“O Parkinson é uma doença do sistema nervoso central, degenerativa, causada por uma alteração na produção e transmissão de dopamina. Essa substância é fundamental para o controle dos movimentos e outras funções cerebrais importantes”, explica.
Quais são os sinais de alerta?
A Doença de Parkinson se manifesta principalmente por:
- Tremores
- Rigidez muscular
- Lentidão dos movimentos
- Alterações no equilíbrio, na fala e na expressão facial
Além disso, também pode afetar a parte cognitiva, emocional e hormonal do paciente.
“O diagnóstico é clínico e envolve uma análise neurológica detalhada. É essencial que os primeiros sinais não sejam ignorados, para que o tratamento comece o quanto antes”, destaca o especialista.
Embora a maioria dos casos ocorra entre os 50 e 80 anos, existe também o Parkinson de início precoce, o que exige cuidado maior em pacientes mais jovens.
Parkinson tem cura?
Apesar de ainda não haver cura definitiva, a medicina tem avançado significativamente e já conta com tratamentos que podem proporcionar mais autonomia e bem-estar, com recursos como:
- Medicamentos que ajudam na reposição ou modulação da dopamina
- Procedimentos como a estimulação cerebral profunda
- Apoio multiprofissional: fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e acompanhamento psicológico
“Na AACD, oferecemos uma abordagem ampla, com atendimento individualizado e grupos terapêuticos. Nosso foco é garantir que o paciente conheça suas limitações, se mantenha ativo e conquiste mais qualidade de vida”, explica o Dr. Marcelo Ares.
A importância da conscientização
Com o envelhecimento da população, a incidência de doenças degenerativas tende a crescer. Por isso, informar, acolher e reabilitar são palavras-chave para transformar a jornada dos pacientes com Parkinson.
“Mais do que tratar os sintomas, é preciso olhar para o ser humano como um todo. A informação certa, no tempo certo, pode transformar vidas”, conclui o especialista.
No Dia Mundial da Conscientização da Doença de Parkinson, é fundamental reforçar a importância da informação, do acolhimento e do cuidado contínuo às pessoas que convivem com essa condição.
Por: Diellen Lisboa | Revisão: Marcus Vinicius
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