O governo do Rio Grande do Sul confirmou que as mortes de aves registradas no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana de Porto Alegre, foram causadas por gripe aviária. O local está fechado para visitação desde o início da semana.
Inicialmente, a suspeita era de que 38 animais tivessem morrido, mas a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) atualizou o número para pelo menos 90 aves. As vítimas incluem cisnes e patos de diferentes espécies que morreram de forma repentina, sem sinais clínicos aparentes.
Amostras das aves mortas e da água dos lagos do zoológico foram coletadas na última segunda-feira (13) e enviadas para análise. O laudo confirmando a presença do vírus foi divulgado nesta sexta-feira (16).
Com a confirmação da doença, a reabertura do zoológico que estava prevista para este sábado foi adiada por tempo indeterminado. Equipes de veterinários seguem monitorando a saúde dos outros animais, que foram isolados preventivamente, medida adotada ainda antes da confirmação oficial.
Diferentemente do protocolo adotado em granjas, onde é obrigatório o abate das aves contaminadas, no caso das aves silvestres do zoológico, as autoridades optaram apenas pelo isolamento. A decisão segue diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O Parque Zoológico de Sapucaia do Sul fica a cerca de 50 km de Montenegro, município onde foi identificado o primeiro foco de gripe aviária no estado. Embora os trabalhos de contenção estejam concentrados em um raio de 10 km da granja afetada, a ocorrência de mortes no zoológico acendeu o alerta para uma possível ampliação da área de risco.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Daniela Gentil
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