A deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), acionou o Supremo Tribunal Federal (STF), após ter sido atingida por spray de pimenta e gás lacrimogêneo durante manifestação indígena em frente ao Congresso Nacional, na noite da última quinta-feira (10). A ação fazia parte da marcha “A Resposta Somos Nós”, organizada no contexto do Acampamento Terra Livre (ATL), que reúne milhares de indígenas em Brasília desde o início da semana. Segundo a assessoria da parlamentar, Célia participava pacificamente do ato quando foi impedida de acessar o Congresso e exposta de forma desproporcional aos artefatos lançados por agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e do Departamento de Polícia Legislativa (DPOL).
No documento protocolado no STF, Célia solicita a abertura de investigação sobre a conduta dos envolvidos na repressão e exige um pedido público de desculpas do Governo do Distrito Federal, liderado por Ibaneis Rocha (MDB).
Em nota oficial, o Senado Federal alegou que houve “avanço inesperado dos manifestantes” e que a contenção foi feita com “meios não letais, sem grandes intercorrências”. Já a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organizadora do ATL, afirmou que a manifestação foi pacífica, sem qualquer ato de violência ou depredação, e condenou veementemente a repressão policial.
O caso levanta novas discussões sobre a garantia dos direitos dos povos originários e o tratamento dado a suas manifestações políticas na capital federal.
Por: João Vitor Mendes I Revisão: Laís Queiroz
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