Pesquisadores brasileiros anunciaram a polilaminina, um medicamento experimental capaz de regenerar a medula espinhal lesionada. Criada pela professora Tatiana Coelho de Sampaio, da UFRJ, a substância deriva da laminina, proteína extraída da placenta, e já apresenta resultados promissores em voluntários com paraplegia e tetraplegia.
Em testes iniciais, oito pacientes receberam aplicação direta na coluna vertebral. Entre os casos mais impressionantes estão o de uma atleta tetraplégica, que recuperou até 70% do controle do tronco e teve melhora da sensibilidade na bexiga, e o de um homem que, após acidente de trânsito, voltou a andar completamente em cinco meses.
Ensaios com animais reforçam os dados positivos: cães retomaram a marcha e ratos apresentaram efeitos expressivos em apenas um dia.
Aprovação e liberação do medicamento
A polilaminina ainda aguarda autorização da Anvisa para avançar para uma fase clínica mais ampla. Hospitais em São Paulo, como o Hospital das Clínicas e a Santa Casa, já se preparam para realizar os procedimentos assim que houver liberação regulatória.
Especialistas alertam que os resultados são preliminares, mas reconhecem o avanço como um marco para uma área da medicina que até agora não dispunha de terapias eficazes para restaurar o tecido nervoso da medula.
Por Lais Pereira da Silva | Revisão: Laís Queiroz
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