O IBGE divulgou nesta segunda-feira (4) a segunda edição do levantamento “Nomes no Brasil”, agora com dados atualizados pelo Censo Demográfico 2022. O estudo confirma que Maria e José continuam liderando o ranking de nomes mais comuns do país, repetindo o resultado do Censo 2010. A principal novidade é a inclusão dos sobrenomes, que ajudam a traçar um panorama ainda mais completo da identidade dos brasileiros.
A versão anterior do projeto, baseada no Censo 2010, já apontava a popularidade de Maria e José. A nova edição contabilizou mais de 140 mil nomes próprios e 200 mil sobrenomes distintos.
“Agora que temos a real dimensão do grande interesse da sociedade por dados sobre nomes, quisemos não só atualizar o site com dados do censo mais recente, como acrescentar mais dimensões para se explorar”, ressalta Rodrigo Almeida Rego, gerente de Inovação e Desenvolvimento no IBGE e responsável pelo projeto.
Veja a lista dos nomes mais comuns
Nomes femininos mais frequentes no Brasil:
- Maria – 12.224.470 pessoas
- Ana – 3.929.951
- Francisca – 661.582
- Júlia – 646.239
- Antônia – 552.951
- Juliana – 536.687
- Adriana – 533.801
- Fernanda – 520.705
- Márcia – 520.013
- Patrícia – 499.140
Nomes masculinos mais frequentes:
- José – 5.141.822 pessoas
- João – 3.410.873
- Antônio – 2.231.019
- Francisco – 1.659.196
- Pedro – 1.613.671
- Carlos – 1.468.116
- Lucas – 1.332.182
- Luiz – 1.328.252
- Paulo – 1.326.222
- Gabriel – 1.201.030
Sobrenomes mais frequentes:
- Silva – 34.030.104 pessoas
- Santos – 21.367.475
- Oliveira – 11.708.947
- Souza – 9.197.158
- Pereira – 6.888.212
- Ferreira – 6.226.228
- Lima – 6.094.630
- Alves – 5.756.825
- Rodrigues – 5.428.540
- Costa – 4.861.083
Curiosidades regionais
Os números revelam curiosidades sobre a distribuição dos nomes pelo território brasileiro.
Em Morrinhos (CE) e Bela Cruz (CE), por exemplo, 22% da população se chama Maria (22,30% e 22,21%, respectivamente). Já em Santana do Acaraú (CE), uma em cada dez pessoas tem o nome Ana (10,41%).
Entre os homens, o destaque vai para Buriti dos Montes (PI), onde Antônio representa 10,06% do total da população.
Nos sobrenomes, há predominância de famílias Santos em Sergipe, onde 43,38% da população carrega o nome no registro. Já o tradicional Silva é maioria em Alagoas (35,75%) e Pernambuco (34,23%).
A “Moda” dos Nomes: De Osvaldo a Gael
Ao analisar os dados por década de nascimento, o IBGE mapeou as tendências de nomes que entram e saem de moda. Nomes como Osvaldo e Terezinha, por exemplo, mostram um declínio, refletido em suas idades medianas mais altas (62 e 66 anos, respectivamente).

Na contramão, nomes como Gael e Helena estão em plena ascensão, com idades medianas muito baixas (1 e 8 anos, respectivamente), indicando forte popularidade em nascimentos recentes.

Como funciona a pesquisa
O projeto “Nomes no Brasil” é baseado nas listas de moradores dos domicílios em 1º de agosto de 2022, data de referência do Censo Demográfico 2022. O IBGE registrou o nome e o sobrenome completos de todos os moradores informados pelos entrevistados.
Para fins de divulgação, foram consideradas apenas as primeiras palavras dos campos de nome e sobrenome, e as variações de grafia foram mantidas exatamente como foram coletadas; ou seja, nomes como Ana e Anna, Ian e Yan, Luis e Luiz foram tratados separadamente.
Sinais gráficos como acentos, cedilhas e tildes não foram considerados, o que explica o registro de variações como Antonio e Luisa sem acento. O sexo dos moradores reflete a autodeclaração feita durante o Censo.
Por: Lais Queiroz | Revisão: Daniela Gentil
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