Bandeira do Brasil, chinelos Havaianas, estampas tropicais e acessórios chamativos: tudo isso compõe a estética brasileira que, agora, ganhou nome e força nas redes sociais com a trend “Brazil core”. A tendência, que ressurge de tempos em tempos e viraliza na internet, valoriza elementos da cultura nacional e desperta o interesse de estrangeiros pelo que há de mais autêntico no Brasil.
A hashtag começou a ser usada fora do país e rapidamente se espalhou. No Instagram, a #BrasilCore já soma mais de 145 mil publicações, enquanto a versão com “z” – #BrazilCore – ultrapassa 32 mil. Segundo a GQ Brasil, no TikTok a variação com “s” é ainda mais popular: 546 milhões de visualizações, contra 76 milhões da versão estrangeira.
Estética verde e amarela
O boom do “Brazil core” surge na Copa do Mundo de 2022, e, desde então, a internet vem sendo responsável por impulsionar referências brasileiras ao redor do mundo. A valorização das cores da nossa bandeira é uma marca nessa estética. Seja na camisa da seleção, ou nas roupas e acessórios, o verde, amarelo, azul e branco estão sempre presentes.
Muitas celebridades favoreceram a consolidação da tendência para diversos públicos diferentes, ao compartilharem fotos em suas redes sociais vestidas do “jeitinho brasileiro”:

Discussão polêmica
No entanto, apesar de ser vista como positiva para a popularização da cultura brasileira, existem muitos debates polêmicos em torno da estética. Muitos enxergam essa tendência como apropriação cultural, uma vez que muitos estrangeiros, e até marcas, aderem à estética para benefício próprio e não retribuem economicamente, necessariamente, a comunidade que originou essa expressão cultural.
“Sempre foi uma estética periférica, mas durante muito tempo foi vista como ‘cafona’, ‘coisa de pobre’. Quando a moda global se apropria, transforma em produto valorizado”, descreve Thais Farage, consultora de estilo e pesquisadora em moda e gênero, em entrevista à BBC News Brasil.
Por: Yasmin Barreto | Revisão: Laís Queiroz
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