A partir de setembro de 2025, a Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial, elaborada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) e Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH), implementou mudanças significativas na classificação da pressão arterial.
Anteriormente, valores de 12 por 8 (120/80 mmHg) eram considerados normais; no entanto, com a atualização, esses valores agora são classificados como pré-hipertensão, abrangendo faixas de pressão sistólica entre 120 e 139 mmHg e/ou pressão entre 80 e 89 mmHg
Essa reclassificação visa alertar a população e os profissionais de saúde para a necessidade de monitoramento e adoção de medidas preventivas, mesmo em estágios iniciais. Especialistas enfatizam que, embora a pré-hipertensão não seja considerada hipertensão, ela indica um risco aumentado de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
O que estabelece a nova diretriz?
A nova diretriz estabelece metas mais rigorosas para o controle da pressão arterial. Enquanto anteriormente o objetivo era manter a pressão abaixo de 140/90 mmHg, agora a recomendação é que a pressão arterial seja inferior a 130/80 mmHg para todos os pacientes, independentemente de idade, sexo ou comorbidades.
Para indivíduos classificados na faixa de pré-hipertensão, as recomendações incluem a adoção de medidas não medicamentosas, como a prática regular de atividade física, alimentação saudável, controle do peso corporal, redução do consumo de sal, abstinência do tabagismo e limitação do consumo de álcool.
A atualização da diretriz brasileira se alinha às recomendações internacionais, como as adotadas na Europa desde 2024, e reforça a importância da prevenção e do controle da pressão arterial para a redução de complicações graves, como infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência renal.
Essa mudança visa estabelecer metas mais rigorosas para o controle da pressão arterial e refletem um avanço na abordagem preventiva da hipertensão no Brasil.
Por: Lais Pereira da Silva | Revisão: Daniela Gentil
VEJA TAMBÉM: Hipertensão: o assassino silencioso que atinge milhões de brasileiros