O novo presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, tomou posse neste sábado (8/11) em La Paz, encerrando um ciclo de 20 anos de governos de esquerda no país. Ele foi eleito no segundo turno, em 19 de outubro, pelo Partido Democrata Cristão, após disputar com o ex-presidente Jorge Quiroga.
Em seu primeiro discurso, Rodrigo Paz afirmou que o país inicia “uma nova era de independência” e criticou o isolamento político e econômico vivido nas últimas décadas. “Nunca mais vamos nos isolar. Nunca mais o país será feito refém por uma ideologia. Ideologias não põem comida na mesa”, declarou.
O novo chefe de Estado assume o país em meio a uma crise de combustíveis, marcada pela escassez de gasolina e diesel.
“O país que herdamos está devastado, endividado moralmente e materialmente, com filas por combustível a perder de vista e mercados vazios”, disse o presidente, ao prometer medidas emergenciais para normalizar a economia.
Paz também afirmou que pretende conduzir a Bolívia a uma transição gradual para uma economia de mercado, com ajuda para o setor privado e reaproximação com os Estados Unidos e outros parceiros comerciais.
“Não nos deram um trono, mas uma tarefa. Esta é a hora da verdadeira democracia e do respeito pela lei. Ninguém está acima da lei”, afirmou.
A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, representou o Brasil na cerimônia de posse do novo chefe do Executivo da Bolívia.
Por Marília Duarte | Revisão: Daniela Gentil
VEJA TAMBÉM: Geraldo Alckmin representará Lula em posse presidencial Boliviana



