Rolando Boldrin morreu em 9 de novembro de 2022, aos 86 anos, e deixou um legado marcado pela valorização da música e das tradições populares brasileiras. No dia 22 de outubro de 2025, o apresentador, ator, cantor e compositor completaria 89 anos. Mesmo com a saudade, suas obras seguem sendo lembradas por fãs e admiradores em todo o país.
Nascido em 1936 na cidade de São Joaquim da Barra, no interior de São Paulo, Boldrin iniciou a carreira artística ainda jovem, formando a dupla “Boy & Formiga” com o irmão Leili. Aos 16 anos, mudou-se para capital paulista, onde trabalhou em diferentes funções antes de estrear na televisão, em 1958, pela TV Tupi. Em 1974, lançou o primeiro disco solo, “O Cantadô”, que marcou o início da trajetória como cantor e compositor.
Nos anos 1980, apresentou o programa “Som Brasil”, na TV Globo, voltado à divulgação da música regional. Em 2005, assumiu o comando de “Sr. Brasil”, na TV Cultura, formato que manteve até o fim da vida. O programa se consolidou como um dos principais espaços de valorização da cultura popular, dando visibilidade a artistas independentes e manifestações regionais.
Carreira de sucesso
Ao longo da carreira, Rolando Boldrin recebeu diversos prêmios e homenagens. Em 2023, a Universidade Estadual Paulista (Unesp) concedeu a ele o título de Doutor Honoris Causa in memoriam, reconhecendo sua contribuição à cultura brasileira. Em vida, também foi homenageado pela escola de samba Pérola Negra, no Carnaval de 2010, com o enredo “Vamos tirar o Brasil da gaveta”.
Viúva do artista, a produtora e cenógrafa Patricia Maia Boldrin detém os direitos das obras do falecido marido. Ela sempre participa de eventos e homenagens que reforçam o papel do artista na preservação da cultura brasileira, sendo uma forma de respeitar sua história e legado.
Três anos de saudade
A morte de Rolando Boldrin completa três anos neste domingo (9). Mesmo após sua partida, as suas canções, apresentações e programas seguem sendo lembrados como registros fundamentais da identidade cultural brasileira. O trabalho do artista continua influenciando músicos, pesquisadores e comunicadores que se dedicam a divulgar e manter viva a cultura popular em diferentes regiões do país.
Por Kátia Gomes | Revisão: Pietra Gomes
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