Após o presidente Donald Trump afirmar, em setembro deste ano, sem fundamentos científicos, que o uso de paracetamol durante a gravidez pode ter ligação com casos de autismo em bebês, sua fala repercutiu e gerou dúvidas entre várias pessoas. Trump afirmou que o medicamento “não é bom” e que as mulheres grávidas devem “lutar com todas as forças” para tomá-lo somente em casos de febre extrema.
No entanto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) negou qualquer vínculo comprovado entre o medicamento e o autismo. Além disso, na segunda-feira (10), essa informação foi desmentida por meio de uma publicação da revista britânica British Medical Journal (BMJ), que confirmou o consenso científico sobre o tema.
Autoridades de saúde no Reino Unido destacam que o paracetamol continua sendo o analgésico mais seguro disponível para mulheres grávidas. A Kenvue, fabricante do Tylenol, em declaração à BBC, discorda veementemente da afirmativa do presidente norte-americano, e afirma que a ciência comprova, claramente, que a ingestão de paracetamol não causa autismo.
Vale ressaltar que o artigo publicado na segunda, pela BMJ, não se trata de um estudo recente. O material apresenta aos leitores um compilado de conhecimentos científicos acerca do tema.
Por: Yasmin Barreto | Revisão: Pietra Gomes
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