O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou na última quinta-feira (14/8) que não vê ambiente político para aprovar a anistia à pessoas envolvidas em atos antidemocráticos que tenham planejado assassinatos. A declaração foi feita em entrevista à GloboNews, em referência ao Projeto de Lei (PL) da Anistia, que propõe perdão político aos participantes dos eventos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília (DF).
Motta citou ainda o suposto plano “Punhal Verde e Amarelo”, com o qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teria concordado, que previa matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
“Pelo menos com quem eu converso, não vejo clima para anistiar quem planejou matar pessoas. Há, sim, uma preocupação com penas exageradas, e talvez um projeto alternativo tenha um ambiente melhor entre partidos de centro”, afirmou.
O parlamentar destacou que não tem “preconceito com pautas”, mas que seguirá o rito de submeter a proposta ao colégio de líderes antes de definir se ela irá ao plenário.
“Acho que as pautas devem continuar sendo levadas ao colégio e lá eles decidem por aquilo que tem maioria para levar para a pauta da Casa, ou não. […] Nós vamos, no foro adequado, decidir aquilo que vai ser pautado ou não”, declarou.
Por João Vitor Mendes | Revisão: Laís Queiroz
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