Durante a partida entre Nacional-PR e Batel pela Taça FPF, um episódio de injúria racial culminou em agressão no gramado. Aos 41 minutos do segundo tempo, o zagueiro Paulo Vitor (PV), do Nacional, afirmou ter sido chamado de “macaco” pelo volante Diego, do Batel, em meio a uma discussão. Em reação, PV desferiu um soco no rosto de Diego, que caiu no gramado e precisou de atendimento médico.
O árbitro Diego Ruan Pacondes da Silva acionou o protocolo antirracismo da FIFA, fazendo o gesto de braços cruzados em “X” para interromper o jogo para apurar o caso. PV foi expulso pela agressão, enquanto Diego permaneceu em campo até o final.
O episódio gerou abertura de inquérito pela Polícia Civil do Paraná, que ouviu os dois atletas para apurar os detalhes do incidente. O Batel divulgou nota informando que o jogador Diego foi afastado do clube, e que repudia qualquer forma de discriminação.
PV, por sua vez, utilizou as redes sociais para expressar indignação com as ofensas: “Não sou a favor da violência, mas parece que só assim eles sentem na pele. Quem é da cor vai entender minha reação”, escreveu o zagueiro.
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) se manifestou por meio de nota, afirmando que o caso será encaminhado ao Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR) e reforçando seu compromisso no combate ao racismo no futebol.
A partida terminou com vitória do Batel por 1 a 0, garantindo a classificação e eliminando o Nacional-PR da competição.

Por: Lais Pereira da Silva | Revisão: Daniela Gentil
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