Após 12 anos na Corte, desde sua indicação pela então presidente Dilma Rousseff, em 2013, o ministro Luís Roberto Barroso anunciou sua saída durante a sessão plenária desta quinta-feira (9), em um discurso emocionado.
Durante a fala, Barroso enfatizou que a decisão não tem relação com fatos atuais, e que já vinha sendo refletida e amadurecida há cerca de dois anos. O ministro também revelou que havia compartilhado o desejo de antecipar sua saída com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro Edson Fachin. Ao final, foi aplaudido de pé pelos colegas.
Inicialmente, Barroso afirmou que pretende fazer um retiro espiritual e “seguir novos rumos”.
“É hora de seguir novos rumos. Não tenho apego ao poder e gostaria de viver a vida que me resta sem as responsabilidades do cargo. Os sacrifícios e os ônus da nossa profissão acabam se transferindo aos familiares e às pessoas queridas”, declarou.
“Foi uma decisão longamente amadurecida, que nada tem a ver com fatos da conjuntura atual. Há dois anos, comuniquei ao presidente da República (Lula) essa possível intenção. Essa é a última sessão plenária de que participo”, finalizou.
Com longa trajetória jurídica, Barroso se destacou na defesa de direitos fundamentais e constitucionais, além de ter atuado em causas de grande repercussão, como a suspensão de despejos durante a pandemia e a garantia da gratuidade do transporte público nas eleições de 2022.
Por Daniela Gentil | Revisão: Redação MD News
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