No dia 2 de novembro, o Brasil e diversos países do mundo param para lembrar dos que já partiram. É o Dia de Finados, uma data marcada pela saudade, mas também pela celebração da vida e da esperança em um reencontro espiritual. Apesar de ter um tom melancólico, o feriado possui uma rica história e uma série de curiosidades que revelam como diferentes culturas lidam com a morte e a memória.
Origem antiga e religiosa
A criação do Dia de Finados remonta ao século XI, quando o Abad Odilon de Cluny, na França, instituiu uma data para que os monges rezassem pelos mortos de toda a cristandade. A ideia se espalhou rapidamente pela Europa e, em 1311, a celebração foi oficializada pela Igreja Católica, sendo incorporada ao calendário litúrgico.
A data foi colocada logo após o Dia de Todos os Santos (1º de novembro), formando um par simbólico: primeiro, homenageiam-se os santos conhecidos; depois, todos os fiéis falecidos que aguardam a vida eterna.
Um feriado de fé e de lembrança
No Brasil, o Dia de Finados é feriado nacional desde o século XIX. É comum ver famílias inteiras se dirigindo aos cemitérios, levando flores, velas e orações aos túmulos de parentes e amigos. Para muitos, é um dia de reflexão sobre a finitude e de fortalecimento espiritual.
A tradição, porém, não é apenas religiosa: há quem veja o momento como uma oportunidade de revisitar memórias, organizar álbuns de fotos ou ouvir músicas que marcaram pessoas queridas.
Curiosidades pelo mundo
México: Lá, o “Día de los Muertos” é uma das festas mais coloridas do país, com desfiles, fantasias e altares decorados com flores e oferendas. A celebração mescla o catolicismo trazido pelos espanhóis com tradições indígenas pré-colombianas.
Japão: A data equivalente é o Obon, um festival budista em que lanternas são acesas para guiar os espíritos ancestrais de volta ao mundo espiritual.
França e Portugal: É comum levar crisântemos aos túmulos, flor associada à eternidade e ao respeito pelos mortos.
Mudanças com o tempo
Nos últimos anos, o modo de lembrar os mortos também mudou. Cemitérios virtuais e homenagens online têm se tornado populares, especialmente entre as gerações mais jovens. Além disso, muitas pessoas optam por transformar o luto em ações solidárias, como doações ou campanhas em memória de alguém.
Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil
VEJA TAMBÉM: Do drama à superação: confira 3 filmes que prometem emocionar



