A violência no Sudão com assassinatos em massa têm sido recorrentes e está chamando a atenção da mídia internacional, inclusive foi alvo de críticas pelo presidente americano Donald Trump. O último massacre ocorreu nesta semana durante um funeral e deixou, pelo menos, 40 mortos em El-Obeid, durante a queda da cidade para forças paramilitares. Se trata de uma verdadeira guerra civil.
Os Estados Unidos estão trabalhando em conjunto com outros países para pôr fim ao conflito no Sudão, conforme declarou a Casa Branca na última terça-feira (4).
“Os Estados Unidos têm se empenhado ativamente em esforços para alcançar uma resolução pacífica para o terrível conflito no Sudão”, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Entenda o conflito no Sudão
O Sudão vive, desde abril de 2023, uma guerra entre o Exército Sudanês (SAF) e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF). O confronto começou após uma disputa de poder entre as duas forças, que antes dividiam o comando do país durante a transição política pós-ditadura, comandada por Omar al-Bashir.
Al-Bashir era militar do exército sudanês e subiu ao poder por meio de um golpe de estado em 30 de junho de 1989, quando derrubou o governo democraticamente eleito do primeiro-ministro Sadiq al‑Mahdi.
Essa ruptura transformou a capital Cartum e outras regiões, como, por exemplo, Darfur, em áreas de intensa violência, ataques a civis e destruição de infraestrutura. A crise gerou uma das maiores emergências humanitárias do mundo, com milhões de pessoas deslocadas, falta de alimentos, colapso dos serviços básicos e denúncias de violações de direitos humanos.
Sem avanços em negociações de paz, o conflito segue sem perspectiva de resolução rápida.
Últimos acontecimentos
Na última semana, o grupo paramilitar Rapid Support Forces (RSF) tomou a cidade de Al‑Fashir, no norte de Darfur. Durante a ofensiva, houve denúncias de dezenas de mortos e numerosos feridos, muitos dos quais agora recebem atendimento da Médicos Sem Fronteiras (MSF) na região de Tawila.
Crianças “visivelmente magras e desnutridas” chegaram à clínica, e dezenas de homens feridos aguardam cirurgia. Estima-se que até 200 mil pessoas ainda estejam presas dentro da cidade ou sem conseguir escapar após o cerco prolongado.
“Os Estados Unidos têm se empenhado ativamente em esforços para alcançar uma resolução pacífica para o terrível conflito no Sudão“, secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt.
Por Daniela Gentil | Revisão: Pietra Gomes
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