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Ucrânia desiste de aderir à Otan em troca de encerrar a guerra

A declaração foi feita antes de reuniões que ele terá com enviados dos Estados Unidos, em Berlim

A Ucrânia desistiu de ingressar na Otan em troca de garantias de segurança ocidentais como um compromisso para pôr fim à guerra com a Rússia, disse o presidente Volodymyr Zelensky. A declaração foi feita antes de reuniões que ele terá com enviados dos Estados Unidos, em Berlim.

A decisão marca uma alteração relevante na posição da Ucrânia, que há anos busca a adesão à Otan como garantia de proteção diante de possíveis agressões russas e que chegou a incorporar essa meta em sua Constituição. A medida também vai ao encontro de uma das exigências centrais da Rússia no conflito, ainda que Kiev siga, até o momento, resistindo a qualquer concessão territorial a Moscou.

Zelensky afirmou neste domingo que as garantias de segurança dos EUA, da Europa e de outros parceiros, em vez da adesão à Otan, representavam um compromisso por parte da Ucrânia.

Garantias de segurança substituem adesão à Otan

“Desde o início, o desejo da Ucrânia era entrar na Otan, essas são garantias reais de segurança. Alguns parceiros dos EUA e da Europa não apoiaram essa direção”, afirmou, em resposta a perguntas de jornalistas em um chat no WhatsApp.

“Assim, hoje, garantias bilaterais de segurança entre a Ucrânia e os EUA, garantias semelhantes ao Artigo 5º para nós por parte dos EUA, e garantias de segurança de colegas europeus, bem como de outros países — Canadá, Japão — são uma oportunidade de evitar uma nova invasão russa”, disse Zelensky.

“E isso já é um compromisso da nossa parte”, acrescentou, ressaltando que as garantias de segurança precisam ser juridicamente vinculantes.

Exigências da Rússia e impasse territorial

O presidente russo, Vladimir Putin, tem exigido repetidamente que a Ucrânia renuncie oficialmente às suas ambições de ingressar na Otan e retire tropas de cerca de 10% da região de Donbas que Kiev ainda controla.

Moscou também afirma que a Ucrânia deve ser um país neutro e que nenhuma tropa da Otan pode ser estacionada em seu território.

Fontes russas disseram no início deste ano que Putin quer um compromisso “por escrito” das principais potências ocidentais de não expandir a aliança da Otan, liderada pelos EUA, para o leste — uma forma de descartar formalmente a adesão da Ucrânia, Geórgia, Moldávia e outras ex-repúblicas soviéticas. 

Zelensky já havia defendido anteriormente uma paz “digna” e a necessidade de garantias de que a Rússia não voltaria a atacar a Ucrânia, enquanto se preparava para encontros com representantes dos Estados Unidos e de aliados europeus em Berlim, em uma tentativa de pôr fim ao conflito mais violento da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Pressão dos EUA e articulação diplomática em Berlim

Sob pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, para firmar um acordo de paz que, em um primeiro momento, atendia às exigências de Moscou, Zelensky acusou a Rússia de prolongar a guerra por meio de ataques aéreos fatais contra cidades e contra infraestruturas de energia e de abastecimento de água da Ucrânia.

Embora a composição detalhada das reuniões previstas para domingo e segunda-feira não tenha sido tornada pública, uma autoridade americana afirmou que o enviado de Trump, Steve Witkoff, e o genro do presidente, Jared Kushner, estavam a caminho da Alemanha para participar de negociações com representantes ucranianos e europeus.

A decisão de enviar Witkoff, que conduziu negociações com Ucrânia e Rússia sobre uma proposta de paz apresentada pelos Estados Unidos, foi vista como um sinal de que Washington identifica uma possibilidade de avanço, quase quatro anos após a invasão russa iniciada em 2022.

Zelensky declarou que Ucrânia, países europeus e os Estados Unidos estão examinando um plano composto por 20 pontos e que, ao final desse processo, está previsto um cessar-fogo. Ele afirmou que Kiev não mantém negociações diretas com a Rússia e acrescentou que uma trégua ao longo das atuais linhas de frente seria uma alternativa justa.

*Com informações de Reuters

Por Arthur Moreira | Revisão: Daniela Gentil

VEJA TAMBÉM: Além de Alexandre de Moraes, quem mais já foi alvo da Lei Magnitsky

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Marcia Dantas

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