Edelvânia Wirganovicz foi condenada pela morte do menino Bernardo Boldrini, em 2014 e foi encontrada sem vida no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na última terça-feira (22). A mulher cumpria regime semi aberto, e o caso é tratado pela Polícia Penal como suspeita de suicídio, contudo, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias – IGP foram acionados e seguem em investigação para determinar a causa da morte.
Edelvânia era amiga da madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, e confessou sua participação no crime com outros envolvidos: o pai de Bernardo, Leandro Boldrini, e seu irmão, Evandro Wirganovicz.
Relembre o caso que chocou o Brasil
O corpo do menino Bernardo Boldrini foi localizado em Três Passos – RS, a 470 km da capital Porto Alegre, após uma falsa denúncia de desaparecimento feita pelo pai do menino, Leandro Boldrini. Leandro foi inclusive até uma rádio local denunciar o suposto desaparecimento e pedir ajuda para a localização da criança, que, na verdade, já estava morta.
Bernardo foi enterrado em uma cova rasa às margens de um rio pela madrasta Graciele e a amiga Edelvânia, com a ajuda de Evandro, irmão de Edelvânia, que fez a cova onde o corpo foi encontrado. O menino foi localizado após 10 dias em avançado estado de putrefação, depois de Edelvânia confessar o crime e apontar o local em que o corpo estava enterrado.

Entenda as condenações
Leandro Boldrini, pai de Bernardo, e a madrasta foram presos no mesmo dia em que o corpo foi localizado. Ele foi condenado a 30 anos e 8 meses de prisão por homicídio quadruplamente qualificado e por motivo torpe. Atualmente ele cumpre o regime semi aberto.
Graciele Ugulini, a madrasta, foi condenada a 34 anos e 7 meses de prisão e é a única que ainda está em regime fechado.
Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta, foi condenada a 22 anos e 7 meses de prisão e cumpria o regime semiaberto após a revogação da prisão domiciliar em 2025.
Por Daniela Gentil | Revisão: Daniela Ramirez