O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou no último domingo (27), durante um discurso oficial em Atlanta, Geórgia, que a cantora Beyoncé teria recebido 11 milhões de dólares da campanha democrata em troca de apoio político. Além dela, citou outros nomes, como Jay-Z, e sugeriu que ambos deveriam ser investigados por supostos crimes eleitorais.
“Como é que a Beyoncé pode receber 11 milhões de dólares e ninguém fala nada?”, questionou Trump, sem apresentar evidências ou documentos que comprovassem a acusação.
Registros oficiais da Comissão Federal Eleitoral dos EUA (FEC) e checagens independentes indicam que não houve qualquer pagamento nesse valor à cantora. A única transação registrada foi um repasse de cerca de 165 mil dólares à Parkwood Entertainment, empresa de Beyoncé, destinado a cobrir custos técnicos de um evento político realizado em 2024.
Veículos da imprensa americana desmentiram as alegações e confirmaram que não há registros públicos nem investigações em andamento envolvendo os nomes citados pelo presidente.
O rapper Jay-Z também foi mencionado por Trump, que o acusou de receber milhões em benefícios semelhantes. No entanto, documentos oficiais indicam apenas pagamentos legais a empresas ligadas ao artista, sem qualquer evidência de repasses em troca de apoio político.
A participação de Beyoncé e Jay-Z em campanhas anteriores do Partido Democrata é pública e voluntária, incluindo shows e aparições em eventos. Não há indícios de que tenham recebido pagamentos ilegais.
Beyoncé é conhecida por apoiar figuras da oposição a Trump, como Barack Obama, Hillary Clinton e Kamala Harris, tendo participado de campanhas e eventos eleitorais ao longo dos últimos anos.
Até o momento, as equipes dos artistas não comentaram as declarações do presidente.
Por David Gonçalves / Revisão Sara Santos
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