A brasileira Rayssa Leal garantiu, neste domingo (7), seu quarto título da Street League Skateboarding (SLS), o principal circuito internacional da modalidade. A decisão, realizada no Ginásio Ibirapuera, em São Paulo, reuniu cerca de 10 mil espectadores, que vibraram com a performance da atleta de 17 anos, responsável por superar uma final dominada por representantes japonesas – três delas medalhistas olímpicas.
Visivelmente emocionada após a vitória, Rayssa destacou a importância do resultado: “Estou muito feliz, não tenho palavras. Essa era a meta do ano. Tive algumas falhas, mas vencer aqui, com o ginásio cheio e representando o Brasil, é muito especial. No treino eu caí, bati a cabeça, virei o joelho, mas acordei melhor desse torcicolo. Mesmo machucada, competi feliz e fiquei 100% para a disputa”, afirmou.
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A final reuniu algumas das maiores estrelas do skate mundial. Do Japão, estiveram presentes a campeã olímpica Coco Yoshizawa, a vice-campeã Liz Akama, a medalhista de bronze em Tóquio 2021 Yuna Nakayama e a atual campeã mundial Yumeka Oda. A australiana Chloe Covell, apesar da pouca idade, também figurou entre as favoritas.
Com o cancelamento do Campeonato Mundial de 2025, que seria organizado pela World Skating em setembro, a etapa decisiva da SLS ganhou ainda mais peso e se tornou, na prática, a competição de maior relevância da temporada.
Jovens dominam a modalidade
Assim como já vem acontecendo nos últimos anos, a final deste domingo reafirmou a presença dominante das atletas mais jovens no skate street. A competidora mais experiente da decisão era a japonesa Funa Nakayama, de apenas 20 anos. Rayssa, que completa 18 em janeiro, segue entre as protagonistas dessa nova geração.
Desde o início da disputa, a brasileira mostrou consistência. Abriu a apresentação com uma volta sólida, recebendo nota 8,3 – desempenho que a colocou na liderança, mesmo atuando com uma entorse no tornozelo direito. Na fase de manobras, ampliou a vantagem ao acertar uma de suas combinações mais características no corrimão redondo, garantindo 7,5 pontos e somando 15,8, à frente da japonesa Yumeka Oda, então com 15,2.
A competição esquentou na terceira rodada, quando Oda e Akama registraram ótimos números, pressionando Rayssa e a australiana Covell. Ainda assim, a brasileira acertou suas execuções e recebeu 8,7, mantendo a liderança. Na sequência, assegurou mais 8,1, chegando à última manobra na ponta.
Na rodada final, Oda caiu e perdeu a chance de brigar pelo ouro. Covell, sua principal concorrente, também errou e ficou fora da disputa pelo título. Com a vitória já garantida, Rayssa foi para sua última manobra como campeã da SLS, consolidando mais um capítulo de sua trajetória histórica no esporte.
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Por: Inês Becegato | Revisão: Lorrayne Rosseti
