A ajuda humanitária começou a chegar à Faixa de Gaza neste sábado (11), após o segundo dia de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A informação foi confirmada pela COGAT (Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios), órgão israelense responsável por supervisionar a entrada de suprimentos na região.
Segundo a agência, os caminhões transportam alimentos, medicamentos, combustível e suprimentos básicos para abrigos e hospitais. Equipamentos destinados ao reparo de infraestrutura crítica também foram autorizados a entrar.
Israel autoriza entrada diária de 600 caminhões
O acordo de cessar-fogo, firmado nesta semana com mediação do Catar, Estados Unidos e Turquia, prevê a liberação diária de 600 caminhões de ajuda humanitária. A operação é coordenada pela ONU e outros países doadores.
Antes da trégua, apenas uma parte desse volume conseguia acessar o territorio palestino devido aos bloqueios e à escalada dos confrontos entre o grupo terrorista Hamas e Israel.
Programa Mundial de Alimentos amplia ações
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) anunciou que vai ampliar suas operações em Gaza e prevê atender até 1,6 milhão de pessoas nos próximos três meses. A prioridade é o fornecimento de pão, farinha de trigo e cestas básicas para as famílias.
Ainda de acordo com o órgão, a intenção é ampliar as operações nas próximas semanas aumentando o acesso a pão em diversas cidades. “O PMA aumentará o número de padarias que atualmente apoia de 10 para 30 nas próximas semanas, aumentando drasticamente o acesso a pão fresco”, informou a entidade em nota.
Expectativa por estabilidade e reconstrução
Com o cessar-fogo, organizações internacionais esperam estabilizar a crise humanitária e iniciar a reconstrução da infraestrutura básica da cidade. A entrada de combustível e equipamentos essenciais deve garantir o funcionamento de hospitais e abrigos, além de restabelecer serviços de energia e saneamento.
Apesar da trégua, autoridades locais alertam que a situação ainda é crítica e depende da manutenção do acordo entre Israel e Hamas nos próximos dias.
Por Marília Duarte | Revisão: Daniela Gentil
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