A Polícia Judiciária de Portugal prendeu duas mulheres no distrito de Évora, a pedido das autoridades brasileiras, por suspeita do seu envolvimento em crimes de associação criminosa e estelionato. Elas já concordaram com sua extradição para o Brasil e foram encaminhadas para a prisão, aguardando assim os trâmites processuais.
Detenção
As detenções foram realizadas na terça-feira (22), pela sua Unidade de Informação Criminal da Polícia Judiciária, após um “persistente trabalho de recolha de informação e vigilância”. As duas mulheres, de 33 e 32 anos, foram apresentadas ao Tribunal da Relação de Évora.
De acordo com uma fonte do tribunal contactada pela agência Lusa, as suspeitas “consentiram a sua extradição para o Brasil”. Face aos contornos do caso, a justiça decidiu mantê-las detidas. Elas foram conduzidas a um estabelecimento prisional para aguardar os “trâmites processuais” do pedido de extradição.
Aplicavam golpes com “empresa fantasma” no Brasil
As duas mulheres são procuradas pelas autoridades judiciárias brasileiras por crimes praticados em 2024, em uma cidade do Estado de Goiás, no Brasil.
Segundo a PJ em comunicado, o esquema consistia na utilização de uma “suposta empresa financeira” para abordar clientes que acreditavam estar a contratar um crédito para a aquisição de um veículo. A empresa, no entanto, formalizava “um contrato de consultoria para obtenção de financiamento, sem esclarecer os termos ao cliente”.
A investigação apurou que as suspeitas estariam envolvidas “repetidamente” na prática de golpes por meio de um “grupo estruturado dedicado à realização de crimes com recurso a empresas falsas de financiamento na revenda de veículos”. O esquema teria causado prejuízos de “vários milhares de euros”.
Situação irregular em Portugal
As duas mulheres estariam ilegais no país, de acordo com a PJ. Apesar de não exercerem “nenhuma atividade profissional oficialmente”, colaboravam com “uma empresa de vendas online, nomeadamente na expedição dos produtos vendidos”, que eram roupas, conforme detalhado em um dos comunicados.
Por: Eduardo Carvalho – Correspondente MD News em Portugal | Revisado por: Daniela Gentil
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