A ministra Cármen Lúcia foi categórica ao votar pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus no julgamento da ação penal sobre a tentativa de golpe de Estado.
Segundo a magistrada, não há dúvida de que Bolsonaro praticou todos os crimes apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Tenho como comprovado pela Procuradoria-Geral da República que Bolsonaro praticou os crimes imputados a ele na condição de líder da organização criminosa. Ele não foi tragado para essa insurgência, ele é o causador”, declarou Cármen Lúcia.
A ministra destacou ainda a robustez das provas apresentadas pela acusação. “Há um acervo enorme de evidências a indicar os planos de tomada de poder pela ruptura institucional ou permanência forçada, o que não ficou no mundo das ideias”, afirmou.
Com o voto de Cármen Lúcia, o Supremo já formou maioria: o placar chegou a 3 a 1 pela condenação de Bolsonaro, o que pode levá-lo à prisão. A decisão é considerada histórica e consolida a leitura do STF de que houve, de fato, uma trama organizada para tentar abolir o Estado Democrático de Direito.
Por Aline Feitosa | Revisão: Daniela Gentil
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